Dragon Age: The Veilguard é um RPG fora da curva | Análise/Revisão

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Era do Dragão: O Guarda do Véu foi lançado em 31 de outubro como o sucessor direto de Inquisição da Era do Dragão. A espera de 10 anos por uma continuação elevou a expectativa dos fãs da franquia as alturas, mas será que o novo título da BioWare consegue surpreender a sede dos jogadores na nova geração?

É isso que vamos descobrir nesta análise do TudoCelular levando em consideração o que novos e antigos jogadores da franquia podem achar de vários quesitos como jogabilidade, gráficos, história, desenvolvimento de personagens e muito mais.

Um capítulo distinto na história de Dragon Age

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A história começa com o plano de Solas, que deseja libertar duas entidades para restaurar o poder dos elfos. O problema? Este plano pode matar milhares de inocentes.

A sua missão como Rook, o novo herói de Dragon Age, é ajudar Varric a evitar esta catástrofe. Para isso, você contará com o auxílio de Neve, Harding e outros amigos que encontrarão pelo caminho.

Sem entrar em spoilers, a história de Era do Dragão: O Guarda do Véu é envolvente e traz momentos onde as decisões influenciam a trama significativamente. Envolver-se com seus companheiros de equipe é essencial para ter acesso a novas habilidades, totalizando cerca de 30 a 40 horas para completar a campanha e 85 horas para completar todas as missões secundárias.

Por outro lado, a história foi claramente suavizada, isto é, deixa de mostrar momentos importantes e impactantes como a morte de alguns personagens e conflitos grandes. Isto ocorre em algumas missões, pois quando você imagina que finalmente vai enfrentar um inimigo importante, ele foge ou consegue se safar quando você está quase o derrotando, o que é frustrante.

E como não pensamos em abordar, existe um personagem não-binário no jogo. Neste caso, o problema não é o fato dela não ser binário, mas sim como o tema é abordado. Falta profundidade na personagem, que se resume a reclamação de sua mãe, critica outras pessoas ao invés de comentar sobre outras vivências, paixões e medos, tornando-a mais orgânica.

Por outro lado, também temos personagens carismáticos como Lucanis, Varric, Harding, Assam e até o Manfred, que divertem com momentos inesperados, cativando o jogador.

RPG cinematográfico

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Os gráficos de Era do Dragão: O Guarda do Véu são bonitos. No modo qualidade o jogo roda a 30 fps no Xbox Series X e PS5 com resolução de 1080p e upscaling sonoro para 4K e ray tracing ativado, enquanto o modo desempenho fica 60 fps 720p com upscaling para 1440p.

Entretanto, o Xbox Series S fica limitado a resolução nativa de 700p com upscaling para 1440p dinâmico em 30 fps no modo fidelidade, enquanto o modo desempenho reduz a resolução para 500p com saída em 1080p dinâmico, resultando em imagens borradas e nível de detalhes reduzidos.

Voltando ao quesito estético, os ambientes são incríveis: repletos de detalhes, com vários efeitos que brilham aos olhos. Por outro lado, o estilo cartunesco, que parece uma versão mais realista das animações da Pixar, os diálogos rasos de alguns personagens limitam a carga emocional e o peso de um mundo medieval à beira da destruição.

Além disso, todos os ambientes de Era do Dragão: O Guarda do Véu são carregados de elementos para exploração e riqueza. O mais incrível é que o desempenho se mantém consistente a 60 fps quase o tempo todo, até em ambientes enormes com vários elementos visuais impressionantes.

Jogabilidade para novos jogadores

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A jogabilidade de Era do Dragão: O Guarda do Véu traz alguns elementos interessantes para novos jogadores, como uma roda de habilidades pelo botão R1, onde você pode selecionar habilidades de seu personagem e de seus 7 companheiros de forma estratégica para criar combos.

De modo geral, o novo jogo é menos tático e focado na ação, pois não é possível controlar seus companheiros de equipe, apenas ordenar que eles usem ataques ou habilidades. Isto torna o jogo mais viciante, com combate mais dinâmico contra vários tipos de inimigos.

No início do jogo temos várias opções para criar o personagem, com opções de gênero, pronome e pertencem às classes Combatente, Mago e Errante, cada uma delas com três subclasses que definem a origem de Rook, suas habilidades e armas. O visual pode ser personalizado com várias opções que vão desde o estilo de corpo até manchas de pele e muito mais.

É interessante mencionar que Rook e cada um de seus companheiros têm árvores de habilidades específicas com pontos que podem ser recuperados a qualquer momento, permitindo que você se adapte ao jogo caso deseje trocar o seu estilo. Novas armas e equipamentos podem ser encontrados em baús e lojas espalhadas por toda a Thedas.

Falando nela, Thedas é dividida em seis regiões com biomas bastante diferentes. No início, os locais podem parecer lineares, mas é possível encontrar caminhos ocultos e missões adicionais conforme você avança no jogo, embora o mundo não seja aberto.

O design dos níveis incentiva o jogador a explorar mecanismos e enigmas interessantes, embora nem sejam todos desafiadores.

A acessibilidade é outro ponto forte de Era do Dragão: O Guarda do Véupois há várias formas de personalização para navegação no menu, opções de contraste, correção de cores para daltônicos, contorno para personagens e muito mais.

Por fim, a trilha sonora composta por Hans Zimmer é minimalista, não impressiona, mas também não decepcionante. A BioWare poderia ter utilizado mais instrumentos e sinfonias que lembrassem povos e regiões presentes no jogo, mas infelizmente isso não aconteceu.

Nenhuma quesito linguagem o jogo todo está em português, exceto pelo áudio, pois não há dublagem em nosso idioma.

Vale o investimento?

Dragon Age: The Veilguard promete ser um bom jogo para novos jogadores e fãs da franquia que buscam algo casual com uma história leve, algo diferente do apresentado pela maioria dos RPGs atuais, como Baldur’s Gate III.

Desta forma, a sequência da BioWare é uma boa aquisição para quem busca um RPG com mais ação, ambientes imersivos e uma narrativa despojada.

Dragon Age: The Veilguard está disponível para PlayStation 5, PS5 Pro, Xbox Series S/X e PC.

Jogabilidade

O jogo traz várias opções de personalização e acessibilidade, além de ter combates viciantes para aqueles que preferem ao e estratégia.

Histria

Uma proposta empolgante para quem deseja relaxar jogando um RPG casual, mas pode decepcionar aqueles que esperam uma trama profunda com momentos de tirar o fôlego.

Gráficos

A qualidade gráfica tima com boa otimização, mas o design dos personagens não transmite muita emoção.

Trilha Sonora

A trilha sonora gradual e minimalista, elevando a sensação de heroísmo em alguns momentos, mas bastante genérica.

Nota Total

Dragon Age: The Veilguard é um bom jogo de RPG casual para relaxar, mas poderia ter uma trama com cenas mais impactantes para impressionar jogadores antigos.

O TudoCelular agradece à equipe de comunicação da Electronic Arts LATAM por ceder uma cópia de Dragon Age: The Veilguard para PS5 para esta análise!

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