Em janeiro deste ano, a Apple concordou em abrir a sua tecnologia tap-and-go de pagamentos via NFC a empresas rivais na União Europeia. A partir do mês que vem, o órgão econômico do “Velho Continente” deve acatar a ideia para que a fabricante do iPhone 15 comece a implementá-la.
A medida visa aliviar ainda mais a má impressão que o processo movido por entidades tecnológicas da Europa, no qual a Apple é acusada de diversas práticas anticompetitivas, deixou à imagem da empresa. Recentemente, inclusive, outra resolução do mesmo projeto viu a empresa de Cupertino detalhar como será o download e a instalação de apps obtidos fora da App Store.
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Falando à Reuters, pessoas próximas da situação afirmaram que a proposta está em vias de ser aceita após os termos originais, propostos pela Apple, serem “minoritariamente ajustados”. Pelo novo acordo, a Apple vai:
- permitir que empresas rivais acessem a capacidade NFC de iPhones, iPads e outros dispositivos móveis da Apple sem custo nem obrigação de usar o Apple Pay
- oferecer funções adicionais, como autenticação do FaceID para apps de terceiros e opção para escolha de método e plataforma preferidos para pagamento
Dentro destes termos, a proposta terá duração de 10 anos, quando será revista e reajustada.
O que a acusao dizia sobre o Apple Pay
Antes do acordo, entidades governamentais de tecnologia e empresas concorrentes acusaram a Apple de reduzir a capacidade de concorrência do setor ao obrigar usuários do iPhone, Apple Watch, iPad e outros produtos a usarem o Apple Pay como via única de pagamentos digitais.
As reclamações foram anexadas a um processo que já vem se desenvolvendo há vários anos contra a empresa de Cupertino, no qual ela é acusada de práticas anti-competitivas em diversos setores – outra faceta do mesmo processo é a obrigação que você tem de baixar apps apenas pela App Store e nenhuma outra fonte.
Tais práticas obrigam empresas do setor a empurrar o Apple Pay e a App Store – que repassam parte do valor pago para a Apple – aos seus clientes, resultando, em alguns casos, em preços diferentes para os mesmos produtos dependendo da plataforma. Houve uma época, por exemplo, em que uma assinatura simples do Spotify era um pouco mais cara para quem usasse um iPhone – hoje, a streaming sueca até abandonou pagamentos de suas assinaturas pelos sistemas da Apple.
Se persistisse no fechamento de seu ecossistema, a União Europeia poderia condenar a Apple a render até 10% de seu faturamento global total como pena – algo que a “Maçã” quer evitar a todo custo. A saber, em 2023, o faturamento total da Apple foi de US$ 383.285 bilhões – ou quase R$ 2 trilhões – segundo o Macrotrends. Quase US$ 120 bilhões vieram de serviços digitais, onde são contabilizadas a App Store e o Apple Pay, entre outras soluções.
Com isso, a oferta da Apple levou à Comissão Europeia a oferta de abrir sua tecnologia de pagamentos sem contato (NFC). Segundo a Reuters, a proposta deve ser acatada pelo órgão “no verão” do hemisfério norte, com o mês de maio provavelmente sendo o ponto de partida para a mudança.
Até o momento, nem Apple, nem a União Europeia comentaram as informações.
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(atualizado em 20 de abril de 2024, s 01:38)