O Reino Unido autorizou nesta semana a utilização da tecnologia de edição genérica Crispr como tratamento de anemia falciforme e anemia crônica – também chamada de “talassemia”. A aprovação regulatória é considerada uma nova revolução para a medicina.
O método foi desenvolvido pelas ganhadoras do Prêmio Nobel de Química, Jennifer Doudna e Emmanuelle Charpentier, e é considerado uma “cura única” para chegar até a causa dessas doenças, como ressaltado pela primeira ao Wall Street Journal.
Entre os principais desafios, estão os que englobam a segurança do procedimento. Isso porque o paciente precisa realizar quimioterapia e outros procedimentos mais incisivos, que passam por coleta e manipulação do material genético, além da reimplantação das células no corpo, dentro do método “ex vivo”, ou seja, fora do organismo.
Para analistas, seria mais interessante realizar a terapia no modelo “in vivo”. Em outras palavras, administrar a edição genética diretamente no paciente, e não extrair e reintroduzir as células.
Expectativas para o futuro
Esses impasses também tiveram efeito nos investidores, que se consideram mais cautelosos em relação ao caso. Mesmo assim, as farmacêuticas Vertex Pharmaceuticals e Crispr Therapeutics têm interesse no assunto.
Para o futuro, a tendência é que a terapia genética seja ampliada para outras doenças. Enquanto neste caso, ela envolve o fígado, há intenção de que outras pesquisas sejam feitas para combater doenças como o câncer, a Aids e o Mal de Alzheimer. A tecnologia também aguarda a aprovação por parte da FDA, órgão regulatório dos Estados Unidos, prevista para dezembro.
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