Mais da metade da empresas que implementam inteligência artificial em seus processos consideram a tecnologia para novos casos de uso e, especificamente, 52% delas apontam preocupação com fatores de risco ao avaliar o uso desse tipo de ferramenta. Os resultados são de uma pesquisa da empresa de consultoria Gartner, que fez entrevistas com centenas de empresas dos EUA, França, Reino Unido e Alemanha.
“A estratégia de inteligência artificial não se resume apenas a uma ferramenta. Embora as organizações maduras no uso da inteligência artificial sejam mais propensas a considerar a tecnologia para todos os casos de uso possíveis, elas também têm mais chances entender o risco como um fator crítico ao determinarem se devem seguir em frente”, diz Erick Brethenoux, vice-presidente e analista do Gartner, em nota de divulgação do estudo.
Essa tal maturidade citada pela executiva compreende a empresa quando ela tem mais de cinco casos de uso em várias unidades e processos de negócios por mais de três anos. Nas empresas entrevistadas, os respondentes implantaram uma média de 41 casos de uso de IA, permanecendo em produção por um período de pelo menos três anos e meio —mostrando que é um recurso que vai muito além do que está sendo popularizado nos últimos meses.
As empresas respondentes ainda apontaram que tinham 3,8 vezes mais chances de envolver especialistas jurídicos na fase de concepção do ciclo de vida de um projeto de IA, já que há dúvidas sobre a legalidade de várias táticas e medo de violar os regulamentos de privacidade.
Além disso, ao avaliar o retorno do investimento em IA, 52% das empresas maduras no uso da tecnologia se concentram em uma combinação de métricas técnicas e de negócios para avaliar o retorno sobre os investimentos (ROI). A medida é relacionada ao sucesso dos clientes para estimar a medição de resultados. Nisso, 47% dessas empresas mais avançadas citam o atendimento aos clientes como uma das três principais atividades de negócios que se beneficiam da IA.