Atualização (26/07/2023) – EB
As operadoras Vivo, TIM e Claro estão cogitando dar fim ao benefício do WhatsApp ilimitado sem consumo de dados na franquia dos seus clientes.
Agora Christian Gebara, CEO da Vivo, declarou que a questão não visa reduzir o acesso para os consumidores, mas sim fazer com que empresas como Facebook, WhatsApp, Google e Apple contribuam com investimentos para a rede.
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Gebara diz que estas empresas são responsáveis por cerca de 50% do tráfego de dados móveis no mundo e que elas devem contribuir com investimentos para estas redes, pois seus aplicativos dependem delas para funcionarem.
O que há é uma realidade mundial de aumento expressivo do uso de dados nas redes.
Na entrevista realizada com jornalistas, o executivo defendeu o chamado fair share (compartilhamento justo, em inglês), que determina que todos que utilizam uma rede ou meio devem contribuir para que ele funcione da melhor forma possível.
O CEO ainda declarou que os planos com uso ilimitado destes aplicativos fazem com que as operadoras tenham que investir mais na capacidade da rede, dinheiro que poderia ser aplicado na ampliação da cobertura, caso as empresas de tecnologia contribuíssem com o fair share.
Para conseguirmos aumentar a cobertura, deveria haver uma distribuição do investimento nas redes entre os agentes responsáveis. Esse é o tema central.
Ao ser questionado sobre porque as operadoras ofereceram este tipo de benefício, Gebara explicou que aplicativos como o WhatsApp eram focados em mensagens de texto, mas com o passar dos anos novas funções foram adicionadas, tais como envio de vídeos e videochamadas, exigindo mais das redes móveis.
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Ainda não há um prazo para a conclusão da avaliação das operadoras sobre o assunto, mas a Anatel abriu uma consulta pública sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia com as redes de telecomunicações. A votação ficará ativa até o fim de julho de 2023.
Matéria original (18/07/2023)
Fim do WhatsApp ilimitado? TIM, Claro e Vivo planejam encerrar oferta de benefício no Brasil
No início de julho o TudoCelular já noticiou que as operadoras brasileiras Vivo, TIM e Claro estavam planejando cortar o acesso ilimitado a certos aplicativos sem consumo de dados móveis. Agora a Folha de S. Paulo confirmou que o principal aplicativo na mira das teles é o WhatsApp.
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Segundo o jornal, os executivos das principais operadoras do Brasil sinalizaram que estão cogitando realmente dar fim ao benefício de acesso ilimitado ao WhatsApp, o principal método de troca de mensagens no Brasil conforme o levantamento TIC Domicílios da NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR).
As estatísticas também mostram que 62% das pessoas acessam internet apenas pelo celular no Brasil, sendo que planos com WhatsApp ilimitado alavancou a venda de planos no país.
O relatório do InternetLab ainda mostra que a estratégia de oferecer o acesso ilimitado a certos aplicativos encarece o preço médio dos planos, além de aumentar a dependência tecnológica por incentivar o uso de serviços como o WhatsApp.
Para fornecer estes serviços, as operadoras muitas vezes assumem custos de fornecimentos de dados ou cobram estes valores das fornecedoras dos aplicativos. O argumento de José Felix, presidente da Claro Brasil, é que a operadora gasta milhões para manter o acesso ilimitado a estas plataformas.
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Especialistas ainda dizem que planos com acesso ilimitado a certos aplicativos confinam seus clientes em certas plataformas, ferindo o Marco Civil da Internet. Desta forma, Felix diz que o Marco Civil precisa ser revisto para considerar o tamanho e o consumo de dados de empresas como Meta, Google e Apple.
Fábio Avellar, da TIM, disse ao Broadcast do Folha que o tráfego não-remunerado sempre gera prejuízo, mas tanto a TIM quanto a Claro preferiram não comentar as declarações dos seus executivos.
Por fim, Alex Salgado, vice-presidente de Negócios da Vivo afirma:
Cada vez mais nós temos diminuído a oferta de aplicativos com uso ilimitado para o mercado, porque entendemos que existe a necessidade de remunerar o investimento feito na rede.
Salgado também confirmou que a operadora também está trabalhando para reduzir o número de aplicativos com acesso ilimitado.
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