A paisagem das ameaças virtuais está em constante mutação, e o último relatório da empresa Onfido, sediada em Londres e especializada em verificação de identidade, aponta um aumento de cerca de 30 vezes em tentativas de fraude com deepfake ao longo de 2023. Isso se deu graças ao boom de ferramentas acessíveis para a geração de conteúdos desse gênero com IA generativa.
O relatório destaca apps de troca de rosto como um exemplo comum de deepfakes. Nas versões mais básicas dessas fraudes, um rosto é simplesmente sobreposto a outro, criando uma ilusão visual duvidosa. Porém, há sistemas mais sofisticados que transformam e mesclam uma face de origem com um alvo, tornando a mudança mais detalhista e difícil de reconhecer.
O uso de deepfakes visa sistemas de verificação facial, com o objetivo de realizar transações fraudulentas ou obter acesso a informações comerciais confidenciais.
O estudo revela que deepfakes menos sofisticados são responsáveis por 80,3% de todos os ataques até agora no ano —um aumento de 7,4% em relação a 2022.
Apesar do aumento nas tentativas de fraude, a Onfido diz que a verificação biométrica continua a ser uma barreira eficaz. O relatório destaca que a biometria enfrentou três vezes menos tentativas fraudulentas do que documentos convencionais. No entanto, os criminosos estão desenvolvendo estratégias criativas para contornar essas defesas.
O relatório alerta que os fraudadores exploram métodos simples, como o envio de vídeos exibidos em uma tela, responsáveis por mais de 80% dos ataques. Diante disso, a Onfido recomenda a implementação de tecnologias de verificação biométrica de “vivacidade”, capazes de verificar a presença do usuário no momento da autenticação.
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