Amazon, Google e Microsoft querem investir em energia nuclear. Nesse sentido, a ideia é obter eletricidade livre de emissões para operar com seus negócios, além de executar os trabalhos com inteligência artificial. Essa, então, seria uma solução alternativa de energia a outras que vêm sendo adotadas, como solar e eólica.
Conforme noticiado pelo The New York Times, a Microsoft já concordou em contratar uma empresa de energia para reviver a usina de Three Mile Island, localizada na Pensilvânia. Do mesmo modo, Amazon e Google revelaram essa semana a ideia de trabalhar com pequenos reatores modulares de nova geração.
A Amazon, por exemplo, anunciou nesta semana que começaria a investir em reatores assim da empresa X-Energy. Enquanto isso, o Google realizou um movimento parecido para comprar energia de pequenos reatores modulares, desenvolvidos pela Kairos Power, uma start-up. O acordo firmado pela Microsoft foi com a Constellation Energy e o anúncio ocorreu em setembro.
O governo dos Estados Unidos vê esse tipo de energia como essencial para cumprir os objetivos de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A secretária de energia, Jennifer M Granholm, falou sobre o assunto em um comunicado:
Revitalizar o setor nuclear dos Estados Unidos é fundamental para adicionar mais energia livre de carbono à rede e atender às necessidades de nossa economia em crescimento – de IA e data centers a manufatura e saúde.
Vale destacar, entretanto, que a tecnologia dos pequenos reatores modulares ainda não foi comercializada com sucesso, mas os especialistas em energia afirmam que essa solução pode ser mais barata e fácil de construir em comparação com os grandes reatores nucleares. Com o apoio da indústria, os projetos podem ajudar a revigorar essa fonte de energia.
Os componentes de cada unidade devem ser pequenos o suficiente para serem produzidos em massa em uma linha de montagem, sendo mais baratos. Mas, existem os críticos, que tomam uma postura mais cética, alegando que o discurso das empresas sobre a tecnologia não trata de possíveis problemas a longo prazo.
Alguns desses problemas, por exemplo, são possíveis atrasos na construção, falta de um local de armazenamento permanente para o combustível nuclear e o alto custo para produzir novos reatores. Por fim, confira os detalhes do maior reator de fusão nuclear do mundo, que fica no Japão e entrou em funcionamento no fim de 2023.
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