Vacinas que não podem ser esquecidas na infância

Nesta semana vamos abordar, em uma série de artigos focados em imunização, as vacinas que devem ser administradas e indicadas para pacientes de diferentes faixas etárias. Neste primeiro texto da série, falaremos sobre as vacinas que não podem ser esquecidas em pacientes pediátricos.

Quando pensamos na saúde na infância, um dos pilares é a vacinação. Um calendário vacinal completo evita mortes e aumenta a sobrevida da população pediátrica. Mesmo com todos esses benefícios, e com o Brasil tendo um Programa Nacional de Imunizações que é referência mundial, dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o Brasil não atinge meta de cobertura vacinal esperada.  

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações e o Programa Nacional de Imunizações, as principais vacinas para crianças de 0 a 10 anos são: 

  • Unicef: 1,6 milhão de crianças brasileiras não receberam vacina DTP

    Unicef: 1,6 milhão de crianças brasileiras não receberam vacina DTP

    BCG 

É a vacina que deve ser aplicada o mais precocemente possível, em recém-nascidos com pelo menos 2000 gramas. Não é recomendada revacinação mesmo naqueles que não fizeram a cicatriz vacinal.  

  • Hepatite B 

A primeira dose deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida.  

No sistema privado de saúde existe a vacina hexavalente, que inclui as vacinas da pentavalente e hepatite B. Caso seja optada por essa vacina, não há problema em realizar quatro doses da hepatite B.  

  • Pentavalente 

Protege contra difteria, coqueluche, tétano, Haemophilus influenzae e poliomielite. 

A diferença da vacina pentavalente do SUS para a do particular é que no primeiro a tríplice bacteriana é acelular (DTPa), enquanto no segundo é inteira (DTP).  

  • Poliomielite 

As três primeiras doses precisam ser feitas com a VIP (vírus inativado, incluída na pentavalente). A vacina oral VOP pode ser usada em reforços e campanhas.   

  • Rotavírus 

A vacina disponível no SUS é a monovalente, que é aplicada em duas doses. 

Na rede privada existe a pentavalente, aplicada em três doses.  

Ambas as vacinas devem ter a primeira dose realizada a partir de seis semanas de vida e no máximo até 3 meses e 15 dias, e a última dose até 7 meses e 29 dias.  

Crianças que regurgitarem ou vomitarem após a vacinação não precisam repetir a dose.  

  • Febre amarela 
  • Tríplice viral 
  • Varicela 

Está disponível separada ou na formulação tretaviral (junto com a tríplice viral).  

  • Hepatite A 
  • Pneumocócica 

No SUS é disponível a pneumocócica 10 (VPC10), enquanto na rede privada estão disponíveis as pneumocócica13 (VPC13) e pneumocócica15 (VPC15).  

Menores de 6 anos com esquema completo ou incompleto com VPC10, podem se beneficiar com doses adicionais de VPC13 ou VPC15, desde que seja respeitado a recomendação da bula para cada idade de início e o intervalo mínimo de quatro a oito semanas em relação à dose de VPC10.  

  • Meningocócica 

No SUS está disponível a meningocócica C (MnC) e na rede privada, meningocócica ACWY (MenACWY) e meningocócica B. 

Crianças vacinadas com MenC podem se beneficiar com o uso da MenACWY desde que seja respeitado o intervalo mínimo de um mês da última dose de MenC.  

  • Covid-19 e Gripe 

Reforço em campanhas anuais. No SUS está disponível a trivalente e na rede privada, tetravalente. 

  • Dengue  

No SUS, no momento, disponível para faixa etária de 10 à 14 anos, independente de contato prévio com a doença.  

Na rede privada existem duas vacinas disponíveis. A Qdenga® é preferencialmente utilizada, independente de contato prévio com o vírus da dengue em crianças a partir de 4 anos de idade. A Dengvaxia® é recomendada a partir de 6 anos de idade, em crianças soropositivas para dengue. 

Selecione o motivo:

Errado

Incompleto

Desatualizado

Confuso

Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Autor

Médica do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/FIOCRUZ ⦁ Mestrado em Pesquisa Clínica pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/FIOCRUZ ⦁ Infectologista pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/FIOCRUZ ⦁ Graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

- Advertisement -spot_img

ÚLTIMAS NOTÍCIAS