Taquipneia transitória do recém-nascido

Resultado do retardo na eliminação do líquido do pulmão fetal com consequente edema pulmonar, a taquipneia transitória do recém-nascido costuma iniciar entre o momento do nascimento a duas horas após o parto.

Clinicamente, caracteriza-se por taquipneia, retrações, batimento de asa nasal, gemência e cianose que melhoram com leve suplementação de oxigênio. À radiografia de tórax, sinais como hiperinsuflação pulmonar, congestão peri-hilar e espessamento de cisuras interlobares podem ser encontrados.

Leia mais: Morte súbita do lactente: o que devo saber?

É mais comum em RNs a termo ou pré-termo nascidos por cesariana eletiva. Sexo masculino, macrossomia, asfixia perinatal, diabetes e asma maternos também são fatores de risco.

Tem caráter benigno e autolimitado, sendo geralmente resolvido apenas com a terapêutica de suporte em até três a cinco dias. Logo, em situações nas quais há dificuldade respiratória persistente, necessidade de alta suplementação de oxigênio ou medidas invasivas como ventilação mecânica, diagnósticos diferenciais devem ser aventados como pneumonia, cardiopatias congênitas e sepse neonatal.

taquipneia

Hemograma completo:  Fornece dados em relação à infecção, além de excluir policitemia.

Proteína C-reativa:  Para avaliação de sepse neonatal.

Gasometria arterial:  Pode apresentar acidose respiratória, hipoxemia leve a moderada e hipocapnia (decorrente de taquipneia). Presença de hipercapnia indica fadiga respiratória. Caso haja hipoxemia profunda, avaliar cardiopatia congênita, insuficiência miocárdica e/ou hipertensão pulmonar.

Hemocultura: Deve ser coletada quando houver suspeita de sepse.

Radiografia de tórax: 

  • Aumento da trama peri-hilar;
  • Cardiomegalia leve a moderada;
  • Densidades algodoadas e grosseiras decorrentes de alvéolos cheios de líquido;
  • Derrame pleural, líquido na fissura menor e alargamento das fissuras interlobares;
  • Hiperinsuflação;
  • Rebaixamento do diafragma.

Avalação cardiológica: Nos quadros persistentes, é importante realizar avaliação cardiológica, incluindo medida das saturações pré e pós-ductal. Deve ser realizado ecocardiograma em pacientes com hipoxemia grave para diferenciação de cardiopatias congênitas.

  • Pneumonia neonatal;
  • Síndrome de aspiração meconial; 
  • Doença de membrana hialina; 
  • Cardiopatia congênita cianótica; 
  • Sepse; 
  • Hipertensão pulmonar; 
  • Policitemia; 
  • Hiperventilação central.

Veja ainda: Síndrome do bebê chiador (sibilância recorrente)

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Referências bibliográficas:
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  • Magalhães, Maurício. Guia de bolso de neonatologia. 2. ed. São Paulo : Editora Atheneu, 2016.
  • Martin, Richard. Overview of neonatal respiratory distress and disorders of transition. Uptodate, 2023.
  • Melo, Ana Maria Andrello Gonçalves Pereira de Melo et al. Neonatologia. 2. ed., rev. e atual. – Barueri [SP]: Manole, 2020.
  • Polin, Richard A. Neonatologia prática. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.


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