Qual é a epidemiologia das fraturas de acetábulo?

O número de fraturas de acetábulo vem aumentando na população idosa com o passar dos anos. Ao contrário das fraturas desse osso em jovens, nos idosos a causa geralmente é um trauma de baixa energia como queda da própria altura e podem em grande parte das vezes serem tratadas de forma conservadora. 

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Novo estudo 

Na literatura, estudos descrevendo o comportamento das fraturas nesse grupo de pacientes ainda é escasso. Mediante isso, foi publicado esse mês na revista Bone and Joint Open com o objetivo de fornecer mais informações sobre como são os diferentes padrões de fratura distribuídos e qual tratamento esses pacientes recebem, além de descrever a mortalidade após uma fratura acetabular. 

Métodos 

O estudo sueco utilizou um registro nacional que selecionou todas as fraturas de acetábulo atendidas entre janeiro de 2014 e outubro de 2020 no país. Foram excluídos pacientes menores de 16 anos ou que sofreram fraturas bilaterais. As variáveis do estudo incluíram idade do paciente, sexo, data da lesão, mecanismo de lesão, classificação da fratura, tratamento e taxa de mortalidade. 

Resultados 

No total, 2.132 pacientes com fraturas acetabulares do foram incluídos no estudo. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (62%) e com idade superior a 70 anos (62%). Para pacientes com idade > 70 anos, a mortalidade pós 30 dias foi de 8% e em um ano de 24%. Para pacientes com idade ≤ 70 anos, a mortalidade pós 30 dias foi de 0,2% e em um ano de 2%. Lesões de baixa energia (63%) e fraturas da parede anterior (20%) foram as mais comuns. O tratamento geralmente foi não cirúrgico (75%). 

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Conclusão e mensagem prática 

Segundo o estudo populacional sueco, maioria dos pacientes que sofrem fratura acetabular nesse país são idosos (> 70 anos), do sexo masculino, e a fratura ocorre mais comumente após um procedimento simples e de baixa energia. O tratamento conservador foi escolhido na maioria dos pacientes e a mortalidade após 1 ano foi semelhante à mortalidade após fratura de quadril, e uma abordagem multidisciplinar semelhante para cuidar desses pacientes deve ser considerada.

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Autor

Médico pela UERJ ⦁  Ortopedia e Cirurgia da Mão pelo INTO ⦁  Mestrando em Ciências Aplicadas ao Sistema Musculoesquelético (INTO)

Referências bibliográficas:
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  • Albrektsson M, Möller M, Wolf O, Wennergren D, Sundfeldt M. Acetabular fractures: Epidemiology and mortality based on 2,132 fractures from the Swedish Fracture Register. Bone Jt Open. 2023 Sep 1;4(9):652-658. doi: 10.1302/2633-1462.49.BJO-2023-0085.R1. PMID: 37652452; PMCID: PMC10471445. doi: 10.1302/2633-1462.49.BJO-2023-0085.R1


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