O kernicterus ou encefalopatia bilirrubínica crônica remete às sequelas crônicas e irreversíveis resultantes da neurotoxicidade da bilirrubina depositada nos núcleos do cérebro.
Caracteriza-se por distúrbio auditivo, disfunção oculomotora, displasia do esmalte dos dentes e controle muscular anormal (atetose). A criança pode manifestar retração palpebral, distonia facial e sinal do sol poente (representado pela paresia do olhar para cima) que conferem a mesma uma aparência assustada ou ansiosa.
Veja também: Pé torto congênito: conheça a abordagem do Whitebook!
Cabe destacar neste contexto que o risco de desenvolver tal condição depende da gravidade e da duração da hiperbilirrubinemia e geralmente se desenvolve durante o primeiro ano após o nascimento.
Ademais, enquanto as suas manifestações clínicas têm caráter permanente, na encefalopatia bilirrubínica aguda, se adequadamente tratada, pode-se observar a regressão do quadro. Sendo assim, deve ser prontamente reconhecida a fim de que a terapêutica seja instituída precocemente e que o kernicterus seja evitado.
- Paralisia cerebral;
- Síndrome alcoólica fetal;
- Hiperamonemia;
- Traumatismo cranioencefálico;
- Deficiência auditiva;
- Lesão cerebral hipóxico-isquêmica;
- Sepse neonatal;
- Meningite bacteriana;
- Infecção pelo vírus Herpes simplex;
- Hipotireoidismo;
- Leucomalácia periventricular.
Leia mais: Granuloma umbilical: confira o conteúdo disponível no Whitebook!
Quer saber mais sobre o kernicterus? Acesse agora mesmo no Whitebook! Basta seguir este caminho após abrir o WB no seu navegador ou pelo app: Condutas Pediátricas Doenças Neurológicas Kernicterus.
Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros
Sucesso!
Sua avaliação foi registrada com sucesso.
Avaliar artigo
Dê sua nota para esse conteúdo.
Você avaliou esse artigo
Sua avaliação foi registrada com sucesso.
Autor
Editora médica do Whitebook ⦁ Residente de Pediatria pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ⦁ Graduação em Medicina pela UFPE.
- Bhutani VK, Wong RJ, Abrams SA, Wilkie L. Unconjugated hyperbilirubinemia in preterm infants < 35 weeks gestation. [Internet]. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc.
- Cloherty JP, Eichenwald EC, Stark AR. Manual de Neonatologia. 7a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
- Polin RA. Neonatologia prática. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
- Wong RJ, Bhutani BK. Unconjugated hyperbilirubinemia in neonates: risk gactors, clinical manifestations, and neurologic complications. [Internet]. UpToDate.