O Ministério da Saúde publicou uma portaria para incorporação do medicamento pretomanida na rede pública de saúde para tratamento da tuberculose (TB). Administrado por via oral, a pretomanida possui um tempo de tratamento reduzido (para seis meses), facilitando a adesão ao tratamento e diminuindo a quantidade de visitas de acompanhamento.
As taxas brasileiras de abandono de tratamento e de cura estão aquém do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 12% e 70,1% respectivamente.
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Aprovação na Conitec
A portaria foi publicada depois do parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para inclusão do medicamento no leque do SUS contra a tuberculose. Na sua recomendação, a comissão considerou uma estimativa de economia de R$ 100 milhões em cinco anos, além do ganho para os pacientes, o tratamento com a pretomanida causa menos efeitos adversos.
De acordo com o Ministério, “a incorporação da pretomanida vai permitir o uso de dois esquemas encurtados, o BPaL (bedaquilina, pretomanida e linezolida) e o BPaLM (bedaquilina, pretomanida, linezolida e moxifloxacino) — que possibilitam encurtar o período do tratamento da tuberculose multirresistente (TB MDR)”. O uso do medicamento vai beneficiar principalmente “pessoas diagnosticadas com tuberculose resistente à rifampicina (TB RR), tuberculose multidrogarresistente (TB MDR) e pré-extensivamente resistente a medicamentos (TB pré-XDR)”.
Impacto da tuberculose no país
Um terço dos casos de tuberculose nas Américas é diagnosticado no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, são por volta de 80 mil novos casos por ano e mais de 5 mil mortes. Ainda segundo o ministério, outra preocupação são os casos de TB resistentes a medicamentos, em 2022, 770 casos foram diagnosticados.
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Fim em 2030
Em abril deste ano, o governo federal criou o Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (Cieds). A missão desse comitê é de organizar ações para erradicação da tuberculose e de outras doenças determinadas socialmente até 2030.
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Autor
Jornalista formado pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em 2009, com extensão em Produção Editorial (UNESP) e Planejamento Digital (M2BR Academy).