Na última segunda-feira (04), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) realizou o 2º Colóquio do Conselho, cujo tema central foi: “Dengue: abordagens atuais do diagnóstico, tratamento e prevenção”.
O evento contou com a participação de vários especialistas e tratou dos principais assuntos relacionados à doença com fins de conscientização e fornecimento de informações confiáveis sobre a dengue, que só em 2024 já contabiliza mais de 1 milhão de casos prováveis e 300 mortes confirmadas.
O presidente do Cremesp, Angelo Vattimo, durante a abertura do colóquio, ressaltou que a escolha da arbovirose como tema se deu pelos números de infecções registradas da doença e que “ao contrário do que muitos pensam ela pode se revestir de gravidade”.
Outro participante, o infectologista Francisco Eduardo Cardoso Alves apontou que parte da responsabilidade no combate à doença e principalmente ao seu vetor, o mosquito Aedes Aegypti, é da população geral. “80% dos focos de dengue estão nas casas das próprias pessoas. O mosquito tem um raio de ação curto, de aproximadamente 1 km do local onde ele nasceu. Sendo assim, se está aparecendo muitos casos na região onde você mora, com certeza o foco está ali.”, enfatizou Alves.
Durante o evento também foram abordados assuntos como o impacto maior que a dengue tem sobre a população idosa, e os participantes também debateram sobre a vacina Qdenga disponibilizada no SUS e o imunizante que está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan.
O evento foi transmitido pela internet e o vídeo com a gravação ainda pode ser acessado no canal de youtube do Cremesp.
Situação atual da dengue
Nesse ano de 2024, os números da dengue seguem batendo recordes. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de casos, até o dia 5 de março, já se aproxima do total de casos registrados em todo 2023.
O coeficiente de incidência de casos prováveis da doença (por 100 mil habitantes) está em 617,5. Em alguns estados, como Goiás, Paraná, Espírito Santo e Minas Gerais esse índice passa dos 1.000.
Atualmente, a situação mais alarmante é a do Distrito Federal, o coeficiente de incidência em Brasília é de 4.220,5 casos prováveis por 100.000 habitantes com 78 mortes confirmadas e 81 sob investigação. Em 2023, a região tinha registrado pouco menos de 39 mil casos, na quarta semana epidemiológica de 2024 esse número já havia sido superado.
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Autor
Jornalista formado em 2009, com extensão em Produção Editorial e Planejamento Digital, trabalha há quase uma década com produção de conteúdo para área de saúde.