A faixa etária de imunização contra a dengue foi ampliada, esta semana, em três estados e o Distrito Federal. Além da capital, Acre, Goiás e Mato Grosso do Sul aumentaram de 11 para 14 anos o limite de idade do público-alvo da campanha. O principal motivo para a mudança foi a baixa procura pelo imunizante nos postos de saúde.
Caso a adesão continue menor do que a esperada, a Secretaria de Saúde do Acre informou que vai enviar ao governo federal uma solicitação de extensão da vacinação para as outras regionais de saúde do estado.
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, 81 salas de vacinação foram preparadas para atender o grupo. Porém, das 71.702 doses recebidas, apenas 25.310 haviam sido aplicadas até o início da semana. As autoridades querem evitar desperdício dos imunizantes, que são válidos até somente 30 de abril.
Em Goiás, até o início de março, apenas 20.753 crianças haviam sido vacinadas, o equivalente a 13% da população. Ao todo, os 134 municípios selecionados pelo governo federal receberam 158.505 doses.
Por fim, a decisão de ampliar a faixa etária no Mato Grosso do Sul se deu após reunião com representantes do Programa Nacional de Imunizações (PNI). De acordo com a Secretaria de Saúde, estados que se sentirem confortáveis para fazer a ampliação receberam autorização do governo federal para fazê-lo.
Alerta aos pais
Diante do crescente número provável de casos – 1.342.086 até a última sexta-feira (8) – a baixa adesão à vacina preocupa não apenas as autoridades, mas os profissionais de saúde que lidam diariamente com vítimas da doença.
“Gostaria de emitir esse alerta pedindo aos pais que não vacinaram que procurem a sala de vacina para fazerem a Qdenga® [vacina contra a dengue]. É uma vacina feita com o vírus atenuado, uma vacina muito segura. Está sendo desenvolvida pelo laboratório Takeda desde antes da covid-19, antes da pandemia. Então, não é uma vacina nova, não é uma vacina que foi desenvolvida às pressas. Já existem vários estudos e ela passou por todas as etapas”, alerta a pediatra Natália Bastos, que há 15 anos atende de recém-nascidos a adolescentes na capital federal.
Eficácia
Quando completo, com duas doses, o esquema vacinal da Qdenga garante cerca de 80% de eficácia. Seus efeitos colaterais, quando manifestos, são pequenos se comparados aos que uma infecção por dengue pode causar –inclusive em crianças.
“Com uma dose, você tem, geralmente, efeitos colaterais imediatos muito leves e, com 10 dias, algumas manchas no corpo ou alguma dor no corpo. Mesmo assim, são poucos sintomas tendo em vista o que um quadro de dengue pode causar numa criança ou num adulto”, completa a médica.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal.
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Autor
Roberta Santiago é jornalista desde 2010 e estudante de Nutrição. Com mais de uma década de experiência na área digital, é especialista em gestão de conteúdo e contribui para o Portal trazendo novidades da área da Saúde.