AAP atualiza recomendações sobre segurança de pedestres infantis

Recentemente, a Academia Americana de Pediatria (AAP) atualizou sua política de “Segurança de pedestres” de 2009. O objetivo é auxiliar o pediatra, com base em evidências, a orientar as famílias sobre os benefícios do transporte ativo e os riscos específicos e precauções de segurança a serem considerados para pedestres infantis em diferentes idades.

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A AAP, para reduzir a morbimortalidade por lesões em crianças pedestres e promover a caminhada e o aumento da atividade física, recomenda três relevantes ações descritas abaixo. No entanto, é importante entender os seguintes conceitos:

• Complete Streets: suas políticas promovem o desenvolvimento e o uso de vias com todos os tipos de transporte e pessoas em mente, incluindo veículos motorizados, pedestres, ciclistas e outros;
• Vision Zero: estratégia também focada na redução de mortes e lesões graves no trânsito e foi construída com base na premissa de que os acidentes são um problema de saúde pública no qual o erro humano é assumido e aceito, e as soluções são criadas com base nessa suposição;
• Safe Routes to School: rotas seguras para a escola.

Apoio legislativo

Para abordar fatores ambientais e de design urbano que afetam a segurança de pedestres, os pediatras podem trabalhar com legisladores locais, estaduais ou federais através das seguintes medidas:

• Incentivar o apoio ao Complete Streets e ao Vision Zero;
• Apoiar a legislação para reduzir os limites de velocidade em áreas urbanas, incluindo zonas de 32 km/h em toda a área, e permitir a aplicação do limite de velocidade em áreas críticas, incluindo zonas escolares;
• Desenvolver legislação para incentivar ou exigir a adoção de tecnologia de segurança, como sistemas de detecção de pedestres e frenagem automática em veículos novos;
• Defender as necessidades únicas de pedestres infantis à medida que algoritmos e tecnologias para controlar veículos autônomos são desenvolvidos.

Apoio comunitário

Os pediatras podem dar prioridade especial a comunidades de alto risco e populações minoritárias:

• Realizar lobby para ambientes de pedestres mais seguros e saudáveis por meio de abordagens de engenharia e design na comunidade local e lobby para zonas de 32 km/h em toda a área em distritos residenciais ou comerciais para reduzir o risco de ferimentos em pedestres e melhorar a capacidade de caminhar;
• Apoiar, ou introduzir e promover, intervenções Vision Zero em nível comunitário e intervenções do Safe Routes to School;
• Promover transporte seguro e ativo, incluindo caminhadas, como alternativa ao transporte motorizado, para reduzir o tráfego de veículos e aumentar a demanda por comodidades para pedestres;
• Defender a infraestrutura para pedestres quando as comunidades considerarem como reaproveitar o espaço urbano e as faixas de rodagem que são liberadas por uma demanda reduzida por estacionamento à medida que os veículos autônomos se tornam mais predominantes;
• Apoiar pesquisas para entender melhor e testar intervenções para a educação de pedestres, incluindo crianças e seus cuidadores;
• Apoiar o desenvolvimento de sistemas de vigilância mais robustos para coletar dados de exposição e identificar locais de alto risco para lesões em crianças.

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Orientação preventiva

É importante que os pediatras também forneçam orientação individual às famílias:

• Lembrar os pais da complexidade do ambiente de trânsito e da vulnerabilidade única das crianças pedestres expostas a tarefas que excedem suas habilidades cognitivas, perceptivas e comportamentais;
• Avisar os pais de crianças pequenas que as calçadas e pátios adjacentes não cercados são áreas de lazer inseguras, porque crianças pequenas podem não ser vistas pelos motoristas em veículos de ré;
• Recomendar o acompanhamento de um adulto, com instrução ativa e contínua sobre segurança de pedestres, para a maioria das crianças menores de 10 anos, na maioria dos ambientes. Dependendo do seu nível de desenvolvimento, crianças mais velhas podem ter mais independência. Nesse caso, a independência deve ser dada em rotas protegidas com cruzamentos sinalizados em ambientes de baixo tráfego;
• Incentivar os pais de crianças com mobilidade limitada ou outras deficiências a investir tempo extra para ajudar seus filhos a adquirirem habilidades de caminhada. Isso pode incluir a seleção de rotas com baixas barreiras à mobilidade, intervenções para aumentar a visibilidade do pedestre, instruções sobre o uso de sinais audíveis para pedestres e habilidades com bengala branca para crianças com deficiência visual;
• Aconselhar os pacientes de todas as idades sobre o risco de andar distraído, incluindo mensagens de texto, falar ou olhar para o telefone celular e ouvir música.

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