Usina de Sohar, no Omã, em parceria com a Jinnan, fornecerá 12,6 milhões de toneladas de concentrado de alta qualidade
A Vale anunciou nesta 2ª feira (28.out.2024) uma parceria com a siderúrgica chinesa Jinnan para a construção de uma usina de concentração de minério de ferro em Omã.
O investimento inicial por parte da mineradora é de US$ 227 milhões para conectar a usina às suas instalações de aglomeração, enquanto a Jinnan entrará com aproximadamente US$ 400 milhões para construir e operar a usina. O início das atividades está estimado para 2027.
A planta, na zona de livre comércio de Sohar, processará 18 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Fornecerá 12,6 milhões de toneladas de concentrado de alta qualidade para a produção de pelotas e ferro briquetado a quente (HBI) –essenciais para a fabricação de produtos siderúrgicos de baixo carbono.
Segundo o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, o projeto reúne a capacidade do Brasil de produzir minério de ferro “de alta qualidade” com a “localização privilegiada e a infraestrutura de Omã” para ampliar a integração entre os 2 países e reforçar parceria com a China.
“Estamos confiantes de que essa parceria não apenas fortalece nossas operações na região, mas também cria valor de longo prazo para a indústria siderúrgica global”, afirmou.
Já Zhang Tianfu, CEO da Jinnan, disse que a parceria busca “redefinir a produção de aço no Oriente Médio, colocando a eficiência e a qualidade em 1º plano”.
PLANOS
Em nota, a Vale afirmou que pretende replicar esse modelo de investimento para os Mega Hubs.
Nesses complexos industriais, a empresa brasileira deverá construir e operar plantas de concentração de minério de ferro e de produção de briquetes, enquanto as partes locais devem promover a construção da infraestrutura logística necessária.
Por parte dos investidores e de clientes, espera-se que a construção e operação das plantas de redução direta sejam promovidas pelos compradores do HBI.
A Vale já anunciou três Mega Hubs no Oriente Médio (Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos) e assinou acordos para desenvolver o mesmo modelo no Brasil e nos Estados Unidos.