Em sabatina, psolista elogia Lula, volta a chamar Nunes de “fantoche” e chora ao falar do trabalho da mãe no atendimento a vítimas de abuso
O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) voltou a criticar a participação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nestas eleições municipais. Disse que o governador usa o pleito de “trampolim” para se projetar para as eleições gerais de 2026.
O psolista disse que seu adversário Ricardo Nunes (MDB) é “fraco” e voltou a chamá-lo de “fantoche” do Tarcísio, pois ele estaria mirando para uma candidatura à Presidência visto que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível.
“O que eu estou enfrentando não é o Ricardo Nunes. Pelo amor de Deus. Oque eu estou enfrentando nessa eleição é um projeto político nacional, com muita grana por trás, que quer usar São Paulo como trampolim para o retorno da extrema-direita no Brasil”, disse Boulos durante a sabatina à Folha
ELOGIA LULA
O psolista, cujo principal padrinho político é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que o petista foi um “cabo eleitoral de primeira hora” e que sua campanha foi a que contou com a participação mais ativa de Lula nestas eleições.
Boulos reforçou que o presidente participará da reta final da sua campanha desde que seja liberado pela equipe médica. Lula sofreu um acidente doméstico, levou pontos na cabeça e teve que cancelar a ida ao encontro dos Brics, na Rússia.
“Que campanha o presidente Lula fez esse ano. Ele foi agora a alguns Estados, no máximo uma vez em cada um. O presidente Lula já esteve 3 vezes na minha campanha fazendo 5 eventos diferentes. Gravou duas lives comigo, coisa que não fez com nenhum outro candidato no Brasil inteiro. Foi uma participação exemplar”, disse.
CHORA AO FALAR DA MÃE
Guilherme Boulos se emocionou ao falar da mãe, a médica Maria Ivete. O psolista havia sido questionado sobre o hospital municipal da Vila Nova Cachoeirinha, que suspendeu a realização de abortos legais.
Boulos disse que fez uma promessa à mãe, que coordena o Núcleo de Atendimento à Violência Sexual do Hospital das Clínicas da USP, e caso ganhe as eleições, vai “fazer cumprir a lei”.
“Ela esta com 74 anos, já deveria ter aposentado, mas é um trabalho que para ela é de militância. Eu cresci com a minha mãe contando histórias de mulheres e meninas abusadas. Ela coordena esse acompanhamento. É uma coisa que, até pela proximidade de haver crescido com isso, me toca de maneira muito direta”, declarou.