Rui Costa (Casa Civil) declarou que, em função das secas, o setor deixou de movimentar a taxa de expansão da economia
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta 5ª feira (5.dez.2024) que o avanço do PIB (Produto Interno Bruno) em 2024 foi impulsionado pelos investimentos do governo federal e políticas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e não pelo agronegócio, como no ano passado.
“Para quem dizia que o Brasil ia crescer 1% no ano que vem, no ano passado cresceu 3,3%, puxado pelo agronegócio. Em dezembro, as agências do mercado foram forçadas a publicar que o Brasil pode crescer 3,5% esse ano, não mais puxado pelo agronegócio, que, em função das chuvas e das secas, decresceu. Quem puxou o crescimento este ano foi o investimento. No 3º trimestre, bateu 17% do PIB”, declarou.
A fala do chefe da Casa Civil foi durante abertura do seminário “A realidade brasileira e desafios do PT”, organizado pelo partido e pela FPA (Fundação Perseu Abramo), no CICB (Centro Internacional de Convenções do Brasil), em Brasília.
O PIB do Brasil cresceu 0,9% no 3º trimestre em comparação com o 2º trimestre. A taxa de expansão foi inferior à registrada no trimestre anterior, quando a economia brasileira avançou 1,4%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“Esse ano, dadas circunstâncias climáticas, o agro recuou e quem puxou foi o investimento, foi a indústria. Foi o investimento que, portanto, tem repercussão no longo prazo, que são investimentos estruturantes”, disse a jornalistas.
Estudo divulgado pelo IBGE nesta 5ª feira (5.dez) mostrou que o resultado da taxa de expansão no Brasil foi influenciado pelos setores de Serviços e Indústria, com destaque para os pequenos negócios.
Os setores de Serviços e Indústria se destacaram pelo crescimento, de 4,1% e 3,6% respectivamente, enquanto Construção registrou a maior queda, com -1,7%. A área que mais se destacou foi de Informação e Comunicação, que registrou um aumento de 2,1%. Outras atividades de serviços alcançaram alta de 1,7%.