Durante a posse, Luiz Césio falou em racionalidade de gastos pelo Estado e sobre uso de energia renovável
O empresário Luiz Césio Caetano, de 74 anos, tomou posse nesta 2ª feira (14.out.2024) como presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).
Em seu discurso, Caetano ressaltou a dedicação ao desenvolvimento da indústria pelo ex-presidente Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, com quem trabalha há 30 anos. Na oportunidade, disse que é preciso investir na transição de integração e eficiência energética, como uma questão estratégica de segurança. Ressaltou que é preciso maior uso de energia renovável e gás natural no país.
Também defendeu a importância de ações coordenadas reunindo os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário nos níveis federal, estaduais e municipais em prol das indústrias.
“No meu mandato, a Firjan vai atuar para oferecer uma contribuição ainda maior no sentido sustentável, avançando no estímulo a práticas ESG nas estratégias de negócios. Essa é uma agenda de transformação necessária às empresas, capaz de garantir o desenvolvimento sustentável e melhorar a competitividade das indústrias no cenário global”, disse.
Falou em ser preciso construir enquadramentos produtivos locais para diminuir a dependência de cadeias globais, cada vez mas afetadas por conflitos mundiais como a tensão do Oriente Médio, a guerra entre Rússia-Ucrânia e a guerra comercial EUA-China. “As guerras impactam o mercado internacional, as atividades econômicas e os negócios industriais”, afirmou.
Segundo Caetano, é necessário ainda uma gestão pública eficiente com responsabilidade fiscal. Afirmou que o Estado precisa de reformas administrativas com mais racionalidade aos gastos e flexibilidade ao orçamento para que o setor público se adapte às mudanças na economia. Além disso, disse ser preciso um ambiente de negócios previsível e estável para garantir segurança aos investimentos.
QUEM É O NOVO PRESIDENTE
Césio Caetano é engenheiro mecânico formado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). É acionista da Sal Cisne e atua na indústria fluminense há 50 anos. Atualmente, é vice-presidente da Firjan e diretor da CNI (Confederação Nacional da Indústria), desde 2023. Além disso, é vice-presidente do Conselho Temático da Micro, Pequena e Média Empresa da confederação.
A CNI comemorou a aprovação da reforma tributária em 2º turno no plenário da Câmara dos Deputados em 15 de dezembro de 2023. Disse que a mudança fiscal era esperada há 30 anos e que o novo modelo deve trazer avanços à economia, à empregabilidade e à renda nacional. Eis a íntegra do parecer (PDF – 558 kB).
É esperado que Caeteano priorize na sua gestão acompanhar a implantação da Reforma Tributária e que trabalhe em conjunto com a CNI com o objetivo de pensar planejamentos que melhorem a segurança pública.
Caetano foi eleito em 19 de agosto deste ano para o cargo de presidente da federação das para um mandato de 4 anos, até 2028. Tomou posse também Carlos Erane de Aguiar, para o cargo de 1º vice-presidente e Henrique Antônio Nora Oliveira Lima, o 2º vice-presidente.
Tomaram posse também as novas diretorias do Cirj (Centro Industrial do Rio de Janeiro), também eleitas em 19 de agosto para mandato de 4 anos. Luiz Caetano também presidirá o centro. A cerimônia foi no Vivo Rio, no Rio de Janeiro, e teve a participação do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).
Esta reportagem foi produzida pela estagiária de jornalismo Bruna Aragão sob supervisão da editora-assistente Rafaela Rosa