Ex-presidente da Câmara afirma ao Poder360 que “excesso de polêmica” pode prejudicar eleição; o ex-coach publicou documento falso sobre Boulos
Para o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (Republicanos) o “excesso de polêmica” pode prejudicar uma eleição. Ao Poder360, Cunha declarou neste domingo (6.out.2024) que tinha “plena convicção” de que o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) iria para o 2º turno, mas que, com a divulgação do receituário falso de Guilherme Boulos (Psol), o ex-coach “jogou fora [a vitória] para ele mesmo”.
Na 6ª feira (4.out), Marçal publicou um suposto receituário que indicava que o psolista teria usado cocaína em 19 de janeiro. A Polícia Civil de São Paulo concluiu que o documento é falso.
“Com a divulgação do laudo ele saiu do 1º para o 3º lugar. Certamente os 80.000 votos que ele teve de diferença hoje, ele perdeu de 6ª feira para cá com toda essa divulgação massiva”, afirmou Cunha.
Com 100% das urnas apuradas às 23h05, o atual prefeito da capital paulista teve 29,48% dos votos válidos, enquanto o deputado federal teve 29,07%. Marçal ficou com 28,14%. Os eleitores paulistanos voltam às urnas em 27 de outubro. Votos válidos são aqueles dados aos candidatos, excluindo-se, portanto, os brancos e os nulos.
O ex-presidente da Câmara declarou desconhecer o motivo pelo qual Marçal divulgou o receituário falso, mas disse que a ação não seria decisiva para a eleição. “Mesmo que fosse verdadeiro, ele não precisava ter feito. Não era o momento, a hora e a forma e não era isso que decidiria a eleição, então ele jogou contra ele mesmo”, disse.
Assista ao momento da fala de Cunha (3min30):
Assista à íntegra da análise de Eduardo Cunha sobre as eleições municipais em 2024 (16min):
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