Líder rebelde da Síria celebra vitória na principal mesquita do país

“Esta vitória é histórica para a região e toda a nação islâmica”, declarou Abu Mohammed al-Jolani; discurso contou com críticas ao Irã

Abu Mohammed al-Jolani discursa na Mesquita dos Omíadas após queda do regime de Bashar al-Assad

Abu Mohammed al-Jolani discursa na Mesquita dos Omíadas após queda do regime de Bashar al-Assad

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Reprodução/@SaadAbedine




Caio Barcellos

O líder do principal grupo rebelde da Síria, HTS (Hayat Tahrir al-Sham), comemorou a queda do regime de Bashar al-Assad. A celebração de vitória foi neste domingo (8.dez.2024), na Mesquita dos Omíadas, a principal do país.

“Esta vitória, meus irmãos, é histórica para a região [do Oriente Médio] e toda a nação islâmica”, declarou Abu Mohammed al-Jolani, que passou a usar seu nome verdadeiro, Ahmed al-Sharaa.

Durante o discurso, o líder afirmou que a Síria havia se tornado uma “fazenda para a expansão do Irã”, que espalhou o “sectarismo e o fomento à corrupção”. O país persa, junto à Rússia, era aliado de 1ª ordem do governo al-Assad.

“Eu aconselho as nações em crise a estabelecerem um direito para si mesmas, até que se iluminem”, concluiu Abu Mohammed al-Jolani na mesquita, que faz parte do Patrimônio Mundial da Unesco.

🇸🇾‼️🚨 VICTORY SPEECH: The speech by Al Jolani from the Great Umayyad Mosque in the capital, Damascus. pic.twitter.com/XL35jvqK6x

— Lord Bebo (@MyLordBebo) December 8, 2024

RÚSSIA CONCEDE ASILO

O ex-presidente da Síria está em Moscou (Rússia) e recebeu asilo do governo de Vladimir Putin, de acordo com a estatal russa de notícias Tass.

“Assad e sua família chegaram a Moscou. A Rússia, por razões humanitárias, concedeu-lhes asilo”, afirmou uma pessoa familiarizada com o assunto ao veículo de mídia.

Nesta manhã, o Ministério das Relações Exteriores russo havia informado que al-Assad renunciou e já tinha deixado Damasco antes de a capital ser tomada pelos rebeldes. No entanto, não informou o destino –seu paradeiro era incerto até então.

A ofensiva rebelde durou menos de duas semanas. A Síria enfrenta uma guerra civil há mais de uma década, com apoio da Rússia e do Irã ao então governo de Bashar al-Assad.

Com o foco de Moscou voltado à guerra na Ucrânia e o de Teerã com o conflito contra Israel, rebeldes sírios aproveitaram a situação para avançar.

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