Pedro Rodrigues defende que Existem 2 problemas a serem solucionados: a necessidade de atender ao pico de consumo do período vespertino-noturno e o volume crescente de cortes no fornecimento de fontes renováveis
Divulgação / Cemig
O Poder360, em parceria com o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), lança nesta 6ª feira (11.abr.2025) mais um episódio do Infra em 1 Minuto, programa de análises semanais de Pedro Rodrigues, sócio da consultoria e especialista em óleo e gás.
O programa é publicado toda semana no canal do Poder360 no YouTube. Inscreva-se aqui e ative as notificações.
Neste 125º episódio, Pedro Rodrigues fala sobre o cancelamento do Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Potência de 2025. A medida foi anunciada em 3 de abril pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e ocorreu depois de uma série de divergências técnicas que levaram a judicialização do processo e ameaçavam a integridade jurídica do leilão.
A controvérsia girava em torno do chamado “Fator A” — um critério técnico que favorecia usinas capazes de fornecer energia em menor tempo de resposta, conferindo a elas maior competitividade no leilão. A Eneva, uma das principais empresas do setor de geração térmica, questionou judicialmente a aplicação do critério e obteve, em 20 de março, uma decisão favorável no STJ (Superior Tribunal de Justiça), suspendendo o uso do “Fator A”.
Em 26 de março, a Justiça Federal do Distrito Federal atendeu a uma ação movida pela Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e determinou a suspensão integral do leilão. A decisão da corte vinculou o prosseguimento do processo à abertura de uma consulta pública que discutisse os critérios de precificação dos lances.
O Ministério de Minas e Energia confirmou, junto ao cancelamento, a abertura de uma nova consulta pública, prevista para o 2º semestre de 2025. O objetivo é reformular as regras do leilão, de modo a garantir segurança jurídica e atender às necessidades estruturais do sistema elétrico brasileiro.
“É importante que o processo seja agilizado em tempo para preservar a estabilidade do sistema. Existem 2 problemas a serem solucionados, ambos causados pelo descompasso entre o pico de geração e o pico da demanda. De um lado, a necessidade de atender ao pico de consumo do período vespertino-noturno, do outro o volume crescente de cortes no fornecimento de fontes renováveis – os famosos curtailments. A capacidade do país em superar estes desafios regulatórios será determinante para construir um sistema elétrico que combine sustentabilidade, segurança energética e preços competitivos – o trilema para o desenvolvimento econômico sustentável nas próximas décadas”, diz Pedro Rodrigues.
Assista (2min42s):
Infra em 1 minuto
- 124º episódio: pedidos de renovação das concessões de distribuição
- 123º episódio: O avanço do mercado livre de energia;
- 122º episódio: os resultados de 2024 e as tendências do setor de energia;
- 121º episódio: corte no biodiesel falha na fiscalização’;
- 120º episódio: resultados financeiros da Petrobras em 2024;
- 119º episódio: presença do biodiesel no diesel inalterada;
- 118º episódio: Auxílio Gás deixa brechas sobre uso do recurso;
- 117º episódio: Uma nova ameaça no radar do ONS;
- 116º episódio: O reajuste do preço do diesel;
- 115º episódio: Sanção do programa de aceleração da transição energética;
- 114º episódio: Trump 2.0 e as medidas para o setor de energia;
- 113º episódio: o que esperar da defasagem dos combustíveis em 2025;
- 112º episódio: retrospectiva do setor de energia em 2024;
- 111º episódio: A demanda por petróleo em 2025;
- 110º episódio: A oferta de petróleo em 2025;
- 109º episódio: O novo plano estratégico da Petrobras;
- 108º episódio: Petrobras tem lucro de R$ 32,6 bi no 3º trimestre;
- 107º episódio: Aneel reduz bandeira tarifária de energia após chuvas;
- 106º episódio: O Combustível do Futuro;
- 105º episódio: Data centers, os novos gigantes do consumo de energia;
- 104º episódio: Projeções da Opep+ para o setor de óleo e gás;
- 103º episódio: Conta de luz com bandeira vermelha em setembro;
- 102º episódio: O segmento de transmissão de energia não pode ficar esquecido;
- 101º episódio: Conta de luz ficara mais barata a partir setembro;
- 100º episódio: Petrobras tem prejuízo de R$ 2,6 bi no 2º trimestre de 2024.