Um casal de brasileiros foi detido no domingo (2.mar.2025) no Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, acusado de tentar embarcar à força em um voo para Cancún, no México.
De acordo com relato da polícia local à emissora NBC Miami, Beatriz Rapoport de Campos Maia e Rafael Seirafe Novaes estavam atrasados e agrediram funcionários da American Airlines ao serem impedidos de entrar na aeronave.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra 2 agentes de segurança derrubando Rafael Seirafe Novaes. Nas imagens é possível ver ainda a brasileira conversando com uma mulher enquanto o brasileiro é mantido no chão.
Looks like they won’t be flying the friendly skies today…✈️☕️🫣| #ONLYinDADE
*A couple flying to Mexico from MIA arrived too late to board their plane and tried to force their way past the airport staff. This led to a confrontation, during which the man fought with the gate… pic.twitter.com/kFx2jEqFQq
— ONLY in DADE (@ONLYinDADE) March 2, 2025
A companhia aérea se manifestou sobre o caso em um comunicado oficial. “Atos de violência não são tolerados pela American Airlines e estamos comprometidos em trabalhar em estreita colaboração com a polícia na investigação”, disse, em nota.
Em entrevista ao Poder360, o advogado do casal, Guilherme Hayama, negou as acusações. A defesa alega que Beatriz e Rafael não estavam atrasados e que foram impedidos de embarcar porque seus assentos estavam localizados na saída de emergência. Muitas companhias aéreas, incluindo a American Airlines, exigem que os ocupantes desses assentos sejam fluentes em inglês.
A defesa explicou que uma funcionária perguntou se o casal era fluente em inglês. “Rafael e Beatriz, que falam inglês muito bem e já viajaram mais de 15 vezes para os Estados Unidos, responderam que sim, mas que não podiam garantir se eram fluentes. Rafael, talvez por excesso de honestidade, afirmou: “Falo muito bem, entendo muito bem, mas não sei dizer se sou fluente”. A funcionária, então, respondeu que, se não eram fluentes, não poderiam embarcar”, explicou Guilherme.
“O que realmente aconteceu foi que, ao chegarem e apresentarem seus passaportes, a funcionária, ao perceber que eram brasileiros, começou a tratá-los de forma ríspida e arrogante. Rafael e Beatriz haviam comprado assentos na saída de emergência, mais caros e mais confortáveis, devido ao tempo longo de voo. Todos os trechos, de Guarulhos a Miami, foram feitos nesses assentos”, disse o advogado.
A discussão teria se iniciado depois que uma funcionária afirmou que os 2 brasileiros não poderiam embarcar. Segundo Hayama, ao contrário do que a companhia aérea teria afirmado, Beatriz não jogou café nos funcionários. “A acusação de que ela teria jogado café na funcionária é completamente falsa, pois em nenhum momento a câmera registrou essa ação. O que ocorreu foi que, durante a discussão, o café foi derrubado acidentalmente quando Beatriz foi empurrada”, justificou.
Os brasileiros tentam recuperar a mala em Miami, depois de terem sido soltos na 2ª feira (3.mar.2025). A bagagem foi despachada para Cancún, segundo o advogado dos brasileiros. O brasileiro ficou com ferimentos no rosto e joelho mesmo não tendo apresentado resistência, segundo o advogado, que disse ainda que medidas legais estão sendo estudadas.