Treinador do Estrela da Amadora mostrou-se desapontado com o resultado frente ao Estoril
Estádio José Gomes, Reboleira
Treinador do Estrela da Amadora mostrou-se desapontado com o resultado frente ao Estoril
Estádio José Gomes, Reboleira
Declarações de José Faria, treinador do Estrela da Amadora, em conferência de imprensa, logo após a derrota frente ao Estoril por 2-4:
[O Estrela foi penalizado pela prestação infeliz da defesa?]
«A felicidade ou infelicidade é algo que faz parte do futebol. Eu acredito na competência e acredito no profissionalismo, no rigor, no bom trabalho. Nós tentámos fazer isso. Obviamente, acho que entrámos bem no jogo, sofremos um golo mais por demérito nosso do que propriamente por mérito do Estoril. Intranquilizámos e depois levámos dois golos de bola parada. Chegar ao intervalo a perder 3-0 torna tudo muito difícil.»
«Acho que entrámos bem na segunda parte com a alma, com vontade, a jogar bem, a criar situações. Reduzimos, sempre sabendo que a busca seria o empate e descorámos a parte defensiva e com com alguma naturalidade penso que acabámos por sofrer o quarto golo numa altura em que devíamos ter tido mais rigor, mais frieza. Mas para bem e para o mal, o Estádio José Gomes também traz disto, emoção, o querer chegar, o poder talvez mais com o coração do que com cabeça, penso foi isso. Era um jogo que já sabíamos que ia ser muito difícil mas, pronto, temos que continuar.»
[Falta de confiança na equipa do Estrela por não conseguir concretizar?]
«São opiniões, não me parece que tenha sido falta de confiança. Em relação ao jogo da semana passada [contra o AVS], tivemos o [Simão] Bertelli a um nível muito alto fazer grandes defesas. Temos as bolas na trave, se isso é falta de confiança? Não. Parece-me que seja talvez falta de sorte, que se procura, mas acho que devíamos ter sido mais competentes porque treinamos para isso, treinamos muito para isso, para fazer golos e para ela não bater na trave. Temos sete oportunidades claras de golo que não conseguimos fazer, mais também por mérito do adversário. Efetivamente não penso que tenha sido falta de confiança, não parece isso, não me parece que fosse falta de confiança hoje também, até porque o golo que sofremos é um golo em que nós queremos sair a jogar. Mas eles sabem que há momentos críticos do jogo e próprios para para se jogar, o início do jogo, os últimos minutos das partes seja são sempre timmings que emocionalmente tem outro tipo de carga e acho que sofremos um golo muito por estarmos confiantes, porque eu jogar até porque tínhamos dado esses indicadores nos primeiros 10, 12, 15 minutos por aí. Seja a jogar bem, a criar, não penso que fosse falta de confiança, não consigo concordar.»
[Jovane titular]
«O Jovane veio do momento da carreira dele em que precisava claramente de voltar a jogar, de voltar a ser feliz. Vários empréstimos seguidos, uma série de lesões e nós acolhemos muito bem o Jovane, acreditámos muito no potencial dele. Esta semana pessoalmente achava que ia dar o clique, de uma conversa com ele antes do jogo em que passei muita confiança que ele ia marcar. Quis passar a bola porque também tem muito a ver com o perfil dele. É bom menino, boa gente, precisa de carinho. Há uma coisa que eu não vou deixar de fazer nunca, que é deixá-los cair. Independentemente do resultado que aconteça no futuro ou não, somos um grupo de homens com caráter. A semana passada não eram os melhores do mundo e nesta semana não são os piores do mundo. Ou seja, nós passamos o dia 31 [dezembro] juntos. Passamos o dia 1 [janeiro] juntos ou seja eu passei, eu, nós, equipa técnica passamos mais tempo juntos do que propriamente com as nossas famílias. Por isso não é o mau resultado que vai fazer a gente mudar a nossa opinião em relação a eles.»
[Igor Jesus de saída?]
«Soube disso há relativamente pouco tempo. O jogo estava preparado, a estratégia estava definida e o Igor era peça basilar nessa estratégia. Senti que ele queria jogar também, mas parece que segundo as indicações que eu recebi parece estar tudo alinhado para se concretizar.»
[Que mais tira de positivo do encontro?]
«Difícil porque lá está, volto a dizer, quando perdermos não está tudo mal mas eu lido muito mal com as derrotas e não é fácil. Mas vamos ter que analisar, jogador a jogador. Escrutinar bem o jogo para perceber o que tiramos de positivo. Obviamente a reação parece ser algo bastante positivo. Houve ali um momento em que penso toda a gente acreditou que podíamos efetivamente conseguir algo mais do jogo mas não era fácil. Não era fácil porque estamos a falar de uma equipa que entra sempre a correr atrás do resultado, sempre com uma distância de três golos e leva o jogo até ao ao ponto de achar que é possível e era possível nós conseguirmos algo mais. Mas é difícil tirar algo positivo do jogo, perdemos em casa onde até então tínhamos dado grandes respostas, onde até então tínhamos somado bastantes pontos, onde até então tem sido fator determinante para sairmos da linha de água para até este jogo chegamos ao 12º lugar temos que dar continuidade. A semana passada deixámos fugir dois pontos fora, esta semana podemos três pontos em casa, temos que continuar a trabalhar.»
[Perder pela primeira vez na Reboleira, como treinador do Estrela]
«Em casa, fora queremos ganhar. Em casa dói. Dói na mesma maneira. Dói sempre, não gostamos, temos de lamber as feridas e continuar a trabalhar é simples. Quando ganhamos eles sabem que temos folga, quando perdemos as folgas acabam porque temos só com o trabalho é que conseguimos dar a volta. Temos que perceber o que é que se passou. Assumir a responsabilidade, estamos aqui sempre a subir a responsabilidade do que aconteceu, para dar a cara não fugimos nem nos escondemos. Não andamos em bicos de pés nas vitórias mas também não nos escondemos nas derrotas. Faz parte, temos que dar a volta e pensar já no próximo jogo do campeonato para poder, em casa também, conquistar pontos.»
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