Antigo internacional português falou sobre a carreira onde recordou figuras como Quinito, Scolari e ainda Ronaldo
GP
Antigo internacional português falou sobre a carreira onde recordou figuras como Quinito, Scolari e ainda Ronaldo
GP
Fernando Meira, antigo defesa da Seleção nacional e com passagens por Benfica e V. Guimarães, foi nos vimaranenses que fez quase toda a formação e despoletou para o futebol ao mais alto nível.
«O V. Guimarães é um clube muito especial, os adeptos são verdadeiramente apaixonados. E desde cedo criei o sonho de me tornar jogador de futebol e jogar no V. Guimarães. De rei ao peito. Felizmente, consegui. E jamais esquecerei o momento da minha estreia», começou por dizer Meira no podcast Bion Talks, recordando Quinito, o treinador que viu nele «um central de Seleção».
«Ele pegou em mim, com uma formação toda a extremo-direito e colocou-me a defesa-central. É impossível tu não gostares do mister Quinito. Um homem muito carinhoso, dedicado e apaixonado pelo jogo. Ele sempre foi uma pessoa muito positiva, muito leve e é essa a forma que devemos olhar para o futebol».
Seguiu-se uma passagem pelo Benfica, e depois, o arriscar de uma primeira experiência internacional ao serviço do Estugarda, da Alemanha, onde foi campeão em 2007.
«Tínhamos grandes jogadores. Mas os segredos foram dois: muito trabalho e alguma sorte, porque para o Estugarda ser campeão tem de ter alguma sorte. Éramos um grupo muito agarrado, privilegiávamos muito o espírito coletivo. Não tínhamos pressão, tivemos 12 vitórias seguidas no final, foi fenomenal», referiu o antigo jogador.
Internacional português por 54 ocasiões, Fernando Meira «teve a felicidade de estar na equipa em 2004», quando o craque luso se estreou nas chamadas à equipa principal de Portugal.
«Acompanhei o percurso dele até 2010, e o Ronaldo era um miúdo altamente competitivo. Muito confiante, atrevido e focado no trabalho. E o espírito competitivo dele também ia para fora do campo. Ele jogava ténis de mesa, era implacável», disse recordado a competitividade já conhecida do agora capitão da Seleção não só no futebol, mas no ténis de mesa.
«Ele viveu com o Rio Ferdinand, foi gozado porque perdeu com ele uma vez. Esteve três meses sem jogar, treinou e depois conseguiu regressar com uma vitória. Ele era mesmo assim», atirou.
Na Seleção, o Mundial de 2006 na Alemanha foi o que mais marcou Fernando Meira. Na altura, Portugal caiu nas meias-finais aos pés da França.
«Podíamos ter ido mais além, mas faltou-nos um bocadinho de sorte. Também faz parte do jogo, temos de aceitar. Fica um amargo de boca, claro. Mas do outro lado eles também tinham futebolistas incríveis. Geração dourada do futebol francês. Zidane, Thierry Henry, Patrick Vieira, Ribéry. Foi um jogo altamente equilibrado, sabíamos que ia ser no limite, foi decidido num pormenor», concluiu.
MAISFUTEBOL COPYRIGHT © 2025 IOL.PT