Estudo alerta para importância de reduzir impacto humano nos rios

Reduzir o impacto humano no meio aquático evita a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera, o que, consequentemente, poderá ajudar a controlar as alterações climáticas. A conclusão surge num novo estudo que contou com 150 investigadores de 40 países, incluindo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

A investigação, que foi agora publicada na revista Science, incidiu sobre 550 rios em todo o mundo e estimou as taxas de decomposição de matéria orgânica em ecossistemas de água doce – uma fonte de emissões de carbono – a nível global.

No trabalho de campo realizado nos 550 rios a nível mundial, os cientistas realizaram “um ensaio padronizado para avaliar a taxa de decomposição de pequenos pedaços de tecidos de algodão (constituído maioritariamente por celulose, um composto vegetal muito abundante na Terra)”, assinalou a Universidade de Coimbra.

Os resultados da investigação “mostraram maiores taxas de decomposição em áreas agrícolas densamente povoadas (Estados Unidos, Europa e Sudeste Asiático)”, sendo que aquilo que resulta dos escoamentos agrícola e urbano “é um dos principais contribuidores para o aumento das emissões de carbono responsáveis pelas alterações climáticas”.

Quando falamos em emissões de gases, o primeiro pensamento recai sobre as emissões dos transportes e da indústria. No entanto, os ecossistemas aquáticos também libertam dióxido de carbono e metano durante os processos naturais.

O que acontece é que as atividades humanas estão a acelerar estes processos ao adicionar nutrientes que elevam a temperatura dos cursos de água, algo salientado na investigação mundial.

Esta descoberta está ilustrada nos mapas apresentados no artigo científico, que podem ser consultados, com acesso gratuito, numa página construída pelos principais autores do estudo.

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