Cidade do Zero: o evento de economia circular e sustentabilidade

 Aprender a reparar fatos de surf e objetos em cerâmica ou a fazer bordados de lã de ovelha será possível na terceira edição da Cidade do Zero, que mostra como seria viver num cidade sustentável e inclusiva.

A Cidade do Zero, nos dias 14 e 15 de setembro, realiza-se este ano no Instituto Superior de Agronomia (ISA), em Lisboa, segundo informação divulgada pela organização.

A mesma organização explica que a Cidade do Zero é o exemplo do que será uma cidade efetivamente sustentável, na qual se podem fazer reparações, trocar coisas, aprender sobre alterações climáticas, sobre investimento de impacto, biodiversidade ou o futuro da alimentação.

Ensina-se a fazer reparações e arranjam-se bicicletas, roupas, equipamentos elétricos e eletrónicos ou fatos de surf, aprende-se a tratar de plantas, a fazer uma horta em casa ou a cozinhar com sobras

Pode também trocar-se roupas e livros, material escolar e bicicletas, bem como comprar produtos novos, mas de marcas que respeitam o ambiente.

Catarina Barreiros, que organiza o evento, diz que na edição deste ano o mercado de trocas será ampliado, mantendo-se a roupa, as plantas e as bicicletas, mas havendo também troca de artigos de puericultura e material escolar.

“Como o evento ocorrerá no período de regresso às aulas, teremos uma zona onde os visitantes poderão deixar e recolher artigos escolares, como mochilas, estojos e lápis”, diz a responsável citada no comunicado.

As crianças vão ter vários espaços, incluindo convívios com galinhas, mas a educação e sensibilização ambiental é essencialmente para adultos, com dezenas de palestras nos dois dias, divididas por cinco espaços, nos quais se falará de biodiversidade, economia circular, energia, urbanismo e arquitetura sustentável, envelhecimento ativo ou alimentação, moda responsável ou oceanos.

“Esta edição será marcada por um foco especial nas temáticas da alimentação e biodiversidade, refletindo o contexto do ISA. Vamos destacar a importância da transição para sistemas alimentares e produtivos mais sustentáveis, fundamental para a mitigação e adaptação às alterações climáticas”, disse Catarina Barreiros.

Numa cidade que se quer sustentável, há também espaço para reparação de cerâmica pelo método “kintsugi”, reparação de calçado ou um ‘workshop’ de “Punch Needle” (técnica de bordado, também conhecida por Bordado Russo), com lã de ovelha.

Catarina Barreiros, que organiza pelo terceiro ano a Cidade do Zero, é criadora de conteúdos sobre sustentabilidade e fundadora do projeto “Do Zero”, que é, a par de outras iniciativas, uma loja sustentável ‘online’.

Depois de no ano passado ter recebido nos dois dias mais de 20 mil pessoas, a Cidade do Zero ocupa este ano o interior e o exterior do Pavilhão de Exposições do ISA. Com mais palestras e debates, oficinas, cozinha ao vivo, e marcas, diz a responsável.

De acordo com os responsáveis pela iniciativa estão já confirmadas mais de 100 marcas, todas portuguesas e cumprindo um ou mais de quatro princípios: produção ética, impacto social, circularidade, e/ou trabalho com matérias-primas recicladas.

Os organizadores (João Barreiros, além de Catarina Barreiros) explicam no comunicado que a Cidade do Zero vai estar aberta entre as 10:00 e as 19:30 e que a participação é gratuita, ainda que seja necessário fazer uma inscrição prévia.

A primeira edição da Cidade do Zero aconteceu no Pavilhão do Conhecimento e a segunda no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O ISA, diz o seu presidente, António Guerreiro de Brito, igualmente citado no comunicado, “desempenha um papel fundamental como ponto de partida em direção à sustentabilidade ambiental do planeta” e “alinha-se com a visão da Cidade do Zero na sensibilização do público para os pilares fundamentais da sustentabilidade ambiental”.

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