Um grupo de jovens ativistas do movimento Climáximo bloqueou hoje temporariamente o trânsito na Segunda Circular, em Lisboa, junto aos escritórios da Galp, num protesto contra o uso de combustíveis fósseis.
Segundo o movimento, por volta das 09:00 de hoje, dez ativistas sentaram-se no chão da Segunda Circular, junto às Torres de Lisboa, enquanto outros dois se penduravam com cordas na ponte pedonal.
Os vídeos e as fotografias do protesto, que estão a circular nas redes sociais, mostram os manifestantes em protesto, segurando cartazes de apelo ao fim dos combustíveis fósseis, com frases como “Estão a destruir tudo o que tu amas” ou “Os Governos e as empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta”.
Durante o protesto, que durou alguns minutos, os manifestantes conseguiram cortar o trânsito no sentido Benfica-Aeroporto.
VIGÍLIA DE SOLIDARIEDADE – ESQUADRA DE BENFICA Ativistas do Climáximo bloquearam a 2ª Circular hoje de manhã porque a crise climática é um genocídio.
A disrupção demorou por volta de 2 horas.
( https://t.co/pOSvQGbt4g )— Climáximo ⌛️🌍 (@ClimaximoPT) October 3, 2023
“Vários ativistas foram levados do local pela PSP, enquanto os bombeiros foram chamados para remover os ativistas pendurados”, refere o movimento Climáximo, em comunicado enviado para as redações.
O porta-voz na ação, Noah Zino, voltou hoje a lembrar que “as emissões de 2021 condenaram à morte nove milhões de pessoas” e que “a cada dois dias, só as emissões de Portugal matam mais do que os incêndios de Pedrógão”.
“Há décadas que os governos e as empresas sabem da destruição e morte da crise climática, e escolheram continuar a queimar combustíveis fósseis, apesar de haver alternativas mais baratas e seguras disponíveis”, acrescentou o porta-voz.
Na semana passada, ativistas climáticos aproveitaram uma conferência onde estava o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, a quem atiraram tinta verde e, no dia seguinte, atiraram tinta vermelha na fachada do edifício da FIL, onde decorria uma conferência sobre aviação.