Figura: Rafa Silva
Decisivo. O internacional português voltou a destacar-se pela segunda jornada seguida, desta feita com um golo e uma assistência em Arouca. Depois de ter visto o VAR anular-lhe dois golos, Rafa abriu caminho ao triunfo do Benfica e no arranque da segunda parte, assistiu Kokçu para o lance que desfez as dúvidas em relação ao vencedor. Podia e quiçá, devia ter feito pelo menos mais um ou dois golos. Mesmo em fim de contrato, o avançado continua a ser decisivo na forma de jogar de Schmidt.
Momento do jogo: Musa à moda de Zlatan, minuto 85
«Felizmente, ainda surge nos campos, mesmo que amiúde, algum pé-descalço descarado que se afasta do guião». Agarro-me a Eduardo Galeno para destacar a obra de arte de Musa em Arouca. Muitas vezes, os momentos geniais não são assinalados como merecem e logo quando são cada vez mais raros. O gigante croata finalizou com um golpe acrobático de calcanhar uma bela combinação entre Morato e Kokçu e candidatou-se a um dos melhores golos da Liga.
Outros destaques:
Mújica: foi o melhor jogado na melhor fase do Arouca no jogo. O espanhol deu-se muito ao jogo, ora surgiu como referência a segurar a bola, ora caiu nos flancos e associou-se bem com Sylla, Cristo e Jason. Foi dos pés do goleador que surgiu a melhor ocasião de golo dos lobos na primeira parte e ainda esteve no lance do golo invalidado a Cristo aos 45+3. Caiu de rendimento na segunda parte, quiçá afetado pelo erro no lance que resulta no golo de Kokçu.
Di María: depois do curto período de descanso, o argentino surgiu revigorado. O extremo tem um talento tremendo e este tipo de jogadores não precisa de muitos lances para fazer a diferença. Sem fazer um grande jogo, Di María fez um passe sensacional que permitiu a Rafa desbloquear a partida. «El Fideo» está também no início da jogada que resulta no 2-0 com nova desmarcação para Rafa – tem uma criatividade tremenda. Ficou perto de coroar a sua exibição com um chapéu a De Arruabarrena – se entrasse, teria sido um candidato ao Puskas muito provavelmente.
Sylla: o médio da Guiné-Conacri é de uma utilidade tremenda e voltou a prová-lo esta noite. Sylla alternou entre o corredor central e o esquerdo, pressionou, recuperou bolas, tentou o golo de fora da área, enfim, fez um pouco de tudo e fê-lo bem, o que é difícil.
Kokçu: não fez uma boa primeira parte. Falhou passes, não conseguiu ligar o jogo do Benfica e esteve perto de «oferecer» um golo ao Arouca. No entanto, o internacional turco cresceu na segunda parte e acabou a partida com nota positiva fruto do golo e da assistência que assinou.