Crédito: Lucasfilm/Divulgação
A primeira temporada de Ahsoka chegou ao fim fazendo a alegria dos fãs de Star Wars. O capítulo final fez seu trabalho ao concluir o arco principal e deixar ganchos para uma possível segunda temporada. Acontece que alguns desses ganchos pegam emprestados elementos presentes nas animações da saga.
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Sabendo que muitos dos fãs de Ahsoka podem não ter assistido às séries animadas de Star Wars, explicamos abaixo um dos elementos do final da série e como ele pode impactar uma possível segunda temporada – ou até um dos próximos filmes da saga.
[Zona de Spoilers do final de Ahsoka]
Um dos grandes personagens de Ahsoka é Baylan Skoll (Ray Stevenson), ex-Jedi que atua como ajudante do Grão Almirante Thrawn. Apesar de ser um lacaio do grande vilão, o representante do Lado Sombrio da Força guardava mistério a respeito dos próprios objetivos, um enigma que o episódio final respondeu. Ao menos, parcialmente.
Enquanto agia para resgatar Thrawn, Skoll partiu para a distante galáxia onde o Grão Almirante estava preso em busca de um poder grande o suficiente para encerrar o repetitivo ciclo de guerras que, ao seu ver, toma conta do universo em que habita. Ele acreditava que esse poder estava chamando-o e, apesar de não saber exatamente o que era, sabia que era uma história “de um passado distante há muito esquecido”, que se tornou folclore entre a Ordem Jedi.
O episódio final revela que esse tal poder são os deuses de Mortis, entidades apresentadas na animação The Clone Wars. Idealizados pelo próprio George Lucas, o criador de Star Wars, eles são um trio quase divino responsável por manter o equilíbrio da Força na galáxia.
Essas entidades possuem uma conexão única com esse poder, podem manipulá-lo melhor do que Jedi e Sith, e são responsáveis por guardá-lo. Eles são tão poderosos que poderiam destruir todo o universo, o que os levou a um exílio em Mortis, uma dimensão fora do espaço e do tempo – assim como o Mundo Entre Mundos onde Ahsoka encontrou Anakin Skywalker no quinto episódio do live-action.
Os portadores da Força são três: a Filha está conectada com o Lado Luminoso, o Filho está ligado ao Lado Sombrio e o Pai fica ao centro, responsável por manter o equilíbrio entre eles, o que por sua vez traz estabilidade por toda a galáxia. Eles são seres ancestrais que constavam nos registros dos Templos Jedi, mas que poucos sequer conheciam. Como Baylan diz em Ahsoka, são histórias tão antigas que se tornaram folclore, lendas.
Para este texto, basta dizer que o arco dos deuses de Mortis em The Clone Wars acaba com os três mortos. Caso você queira conferir a história e entender como e por que, pode conferir nos episódios 15 a 17 da terceira temporada da animação. Por hora, vamos nos concentrar sobre como eles podem impactar o futuro de Star Wars.
O equilíbrio da Força
Como o próprio Baylan explica, havia um poder grandioso e antigo chamando-o esse tempo todo. O fato desse tal poder ser representado por estátuas dos deuses de Mortis abrem algumas possibilidades. A primeira delas é que ele foi convocado pelas próprias divindades, em especial o Filho, que está mais afinado ao Lado Sombrio.
É fato que, até onde se sabe, ele está morto. Porém, a Força age de formas misteriosas e é capaz de conectar vivos e mortos – vimos Ahsoka conversar com o falecido Anakin agora há pouco. Como o Filho é um ser de poder tão extraordinário, não é difícil imaginar sua ressurreição para instaurar caos pela galáxia. Até porque, há um exemplo dessa mesma dinâmica acontecendo no universo Star Wars.
Quando está prestes a morrer em The Clone Wars, a Filha usa suas forças finais para trazer Ahsoka de volta à vida. Desde então, a guerreira passa a vislumbrar e até ser auxiliada por Morai, uma coruja que muitos acreditam ter conexão com a Filha – e até mesmo ser uma versão da divindade. Essa é a ave que Lady Tano vislumbra no episódio final da série, um indicativo que ela fez certo ao ficar na galáxia distante.
Dessa forma, não é absurdo imaginar que o Filho esteja conectado a um ser ou até mesmo tenha se tornado algo diferente. Se for o caso, esse seria mais um dos paralelos entre Baylan Skoll e Ahsoka Tano: ex-Jedi desiludidos com a Ordem que trilharam caminhos opostos. Ela, pela luz e ele pelas sombras. Uma dinâmica que, não à toa, lembra a da Filha e do Filho.
Mas há uma segunda possibilidade. Em Star Wars Rebels, Ezra Bridger acessa o Mundo Entre Mundos através de um portal em um Templo Jedi. Esse portal é representado por uma pintura viva dos deuses de Mortis. Para entrar, ele se conecta com o desenho da Filha e para sair ele se une ao desenho do Filho.
Assim, é possível que a estátua em que Baylan aparece também seja algum tipo de portal. Seja para o Mundo Entre Mundos ou para alguma outra dimensão da Força, esse seria um novo local para Star Wars explorar no futuro. Resta saber como a saga vai retomar esse grande gancho para o futuro.
Ahsoka, The Clone Wars, Rebels e todas as outras produções de Star Wars estão disponíveis para streaming no Disney+. Aproveite e siga o NerdBunker nas redes sociais Twitter, Instagram e TikTok, e entre no nosso grupo no Telegram.