A nadadora de águas livres Mayra Santos foi hoje a primeira a fazer o percurso entre a Madeira e a ilha da Deserta Grande, num trajeto de ida de volta, sem interrupções, em cerca de 20 horas.
A atleta luso-brasileira partiu do Cais de Santa Cruz, na ilha da Madeira, às 00:00 de hoje, rumo à Deserta Grande, num percurso de ida e volta, que ronda os 60 quilómetros, tendo terminado a distância poucos minutos antes das 21:00.
“Tenho a boca e a garganta estragadas”, expressou Mayra Santos, assim que saiu da água, para depois dizer que o mar não foi nada seu “amigo”, sobretudo no caminho de regresso, com “correntes terríveis” que a obrigaram a mudar de trajetória.
A nadadora revelou que, apesar das dificuldades que sentiu depois de voltar da Deserta Grande, nunca pensou em “desistir”, mas explicou que foi preciso gastar todas as energias e “dar tudo o que tinha”.
Recebida por um ‘mar’ de gente, na baia de Santa Cruz, na Madeira, terra onde vive há 20 anos, Mayra Santos desfez-se em lágrimas assim que pisou em terra, confessando que a sua maior motivação para este feito foi a “paixão pelo Oceano Atlântico”.
“Descobri tão tarde o amor pela natação”, explicou a atleta, de 44 anos, que manifestou o desejo de fazer isto “para sempre”, pois considera-se uma “nadadora muito feliz” e que adora “receber tanto apoio dos madeirenses”..
Terminada esta aventura, Mayra Santos vai agora embarcar para a região de El Calafate, na Patagónia, no extremo sul da Argentina, onde irá representar Portugal no Mundial de natação no gelo, entre 12 e 18 de agosto.