O meu nome é Nissan Ariya. O apelido é Estilo. O resto é contigo

MA = Minimalismo

Na arquitetura japonesa MA é o minimalismo. O acessório fica à porta. Apenas o essencial ganha espaço. Mas além disso a harmonia deve imperar. Aliás, ela é o objetivo final.

Conseguimos encontrar no interior do Ariya a concretização do MA nos painéis de toque amadeirado em réplica, sem botões plásticos. Ao invés, estão desenhados e gravados nesta espécie de madeira, retroiluminados, mas com feedback vibrante, a dar a mesma sensação de clique que um botão normal. Espetacular solução. Elegante e funcional.

Kumiko = criação de padrões geométricos

Fomos explorando o carro. Design exterior de cor cobre a mostrar-se sumptuoso e desafiante. Elegante, mas corajoso. Com esta versão ninguém passa despercebido e vai dar que falar. Mas eis que na frente notamos um discreto padrão… e nos painéis interiores das portas também… e na luz interior idem…

Falamos do Kumiko, uma inspiração de arte milenar japonesa de usar peças de madeira para criar padrões geométricos. De repente estamos num automóvel sofisticado, elegante e tecnológico, mas com pinceladas de tradição. Pormenor maravilhoso.

Os padrões Kumiko encontram-se espalhados de forma discreta, mas sobressaem no interior nas zonas de iluminação, gerando uma luz branca diáfana igual à dos candeeiros de papel japoneses. Elegante.

Sei = trato e atenção aos detalhes

O “sei” do Ariya distingue-se dos demais modelos desta gama pela forma como uma abordagem minimalista consegue ser envolvente. Estamos habituados ao minimalismo vir acompanhado de uma sensação de vazio. Mas a Nissan conseguiu um minimalismo que aconchega condutor e passageiros.

Omotenashi = hospitalidade e serviço ao cliente excecional

Num restaurante japonês o serviço é tão importante quanto a comida. Do trato à chegada. As toalhas de limpeza de mãos sem precisar sair da mesa. O calor nos cumprimentos. Tudo tenta servir o cliente da melhor forma para que possa apreciar a refeição que se segue. Pequenos rituais.

Este conceito percebe-se em vários pormenores. Por exemplo, quando abres e fechas a bagageira terás um cumprimento sonoro que serve quer de aviso quer de acompanhamento ao ato. Ligar o carro vem igualmente servido de um animar de luzes e cumprimentos calorosos. As cores do interior evocam tranquilidade para não te distraíres e poderes apreciar o carro mas também o que se passa lá fora.

Avaliação final

Para um segmento super-premium e de luxo este pode não ser o veículo sumptuoso que alguém procura. Já no segmento premium, a partir dos 40.000€, para alguém que aprecie uma combinação de tecnologia com tradição, design escandinavo e filosofia japonesa, e sobretudo um interior relaxante e revigorante sem lhe retirar o adjetivo vibrante, a Nissan acertou em cheio.

Este é o luxo discreto que convence.

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