01 de fevereiro de 2024 0
A Meta, segundo o portal do The Information, decidiu adiar diversos recursos planejados para seus óculos de realidade aumentada para se concentrar da concentração em headsets de realidade virtual (VR) nos próximos anos. A mudança é justificada pelos elevados custos de pesquisa e desenvolvimento associados aos óculos AR e pela ausência de um produto comercialmente viável por vários anos, estimando-se o lançamento comercial mais otimista em 2027.
A notícia surgiu pouco antes da conferência trimestral de resultados da Meta, onde se espera que a empresa discuta o futuro do desenvolvimento de AR e VR. No ano passado, a Meta demitiu membros de sua equipe interna de desenvolvimento de silício, responsável pelos óculos AR, optando pela MediaTek para alimentar futuros modelos.
A equipe restante de desenvolvimento de software para óculos AR foi integrada à equipe dos Ray-Ban Smart Glasses, considerados os óculos inteligentes comerciais mais viáveis da Meta.
O conceito de realidade mista anunciado no lançamento do Meta Quest 3, denominado Augments, foi totalmente deslocado para o VR, conforme relato do The Information. Possíveis usos dos Augments em óculos AR incluíam temporizadores flutuantes para cozinhar ou menus digitais em estabelecimentos.
A Meta está direcionando esforços para reduzir os gastos trimestrais com pesquisa e desenvolvimento em sua divisão Reality Labs, abrangendo AR, VR, IA, entre outros.
O lançamento oficial do Apple Vision Pro está marcado para 2 de fevereiro, com preço de US$ 3.500, representando forte concorrência. A Meta busca tornar-se “o Android do AR/VR” com headsets acessíveis como o Meta Quest 3, avaliado em US$ 500, conforme relatório recente do The Wall Street Journal.
Além disso, há rumores de um Quest 3 Lite, substituto de baixo custo do Meta Quest 2, atualmente com preço reduzido para US$ 249. O foco contínuo em VR, com headsets acessíveis e experiências de software aprimoradas, pode ser vital para revitalizar a lucratividade da divisão Reality Labs da Meta.