Alienware m16: notebook gamer da Dell para o jogador mais exigente | Análise / Review

A Dell lançou o Alienware m16 no Brasil em maio de 2023, como o seu novo notebook top de linha para focar nas configurações mais potentes. Ele promete desempenho avançado para rodar qualquer jogo da atualidade.

Será que a performance entregue na prática cumpre o que promete? O TudoCelular testou uma unidade dele nas últimas semanas e conta os detalhes para você, nesta análise completa.

Design e conectividade



Como já é bem característico de notebooks gamer da Dell, este Alienware m16 tem um design bastante robusto e grande. Ele chega com uma espessura de 2,54 cm e um peso de 3,25 kg, o que dificulta bastante o transporte desta máquina. É uma das mais pesadas que já testamos, e você certamente sentirá isso caso costume se deslocar com ela mesmo pela sua casa.

Aqui também há o famoso recuo térmico na traseira, com LEDs ao redor, onde mais atua o sistema de resfriamento com suas quatro ventoinhas, por meio de saídas no formato de favo de mel. Elas funcionam bem e são aceleradas quando a configuração do hardware sobe para maior desempenho. Mas se prepare para ouvir um grande barulho durante o funcionamento da ventilação.

Ainda na porção de trás, fica a maior parte dos conectores presentes nesta máquina. Você vai encontrar duas portas USB-C com Thunderbolt 4.0, uma USB-A 3.2, uma saída HDMI 2.1, uma mini DisplayPort 1.4, um slot para cartão SD e a entrada de energia.

Já na lateral esquerda, também aparecem por aqui uma porta Ethernet RJ45, para internet por cabo; mais uma porta USB-A 3.2; e um áudio jack para a entrada de fones de ouvido e microfone.

Na superfície, encontramos mais aberturas para saída de ar perto do display, além do clássico botão de energia com o logo da Alienware, que também aparece na tampa com luzes RGB. A construção dele segue o que já encontramos em outros modelos da série M, com partes em metal e outras em plástico, na cor Dark Metallic Moon.

O teclado é um Alienware mSeries com iluminação AlienFX LED RGB. Ele segue o padrão ABNT2, que a Dell aderiu há pouco tempo na sua linha gamer, e possui uma boa resposta de comandos. Não tivemos problema de adaptação, principalmente no feedback que ele proporciona. Você ainda vai encontrar um atalho no F2 para ativar e desativar o modo de Alto Desempenho.

Já o touchpad acaba ficando sem grande espaço e pode ser considerado o menor que já testamos. Claro que um mouse é sempre bem-vindo, porém uma área para controlar o cursor no toque faz falta. Sem falar que o palmrest acaba sendo prejudicado com esse espaço mais estreito também.

Os destaques de conectividade incluem a compatibilidade com a tecnologia Wi-Fi 6E, que proporciona alta velocidade e boa estabilidade; e o suporte ao Bluetooth, para conectar dispositivos sem fio nesta máquina.

A Dell manda o equipamento em uma caixa bastante fina para os padrões do laptop e não vem com acessórios além do básico. A lista do que vem é composta pelo notebook, pela fonte bem grande, pelo cabo de energia e pelos manuais do usuário.

Multimdia



O Alienware m16 conta com uma tela de 16 polegadas, no aspecto 16:10. Ela possui uma resolução de 2560 x 1600 pixels, o também chamado Quad HD+. Ela cobre até 100% das cores DCI-P3 e tem tratamento antirreflexivo, o que permite um ótimo ângulo de visão e uma boa fidelidade nas imagens exibidas.

Já o brilho agrada e possibilita uma boa iluminação durante as jogatinas. Outra tecnologia presente aqui é o Dolby Vision, para uma imagem aprimorada na hora de reproduzir os serviços de streaming compatíveis.

A taxa de atualização é de até 240 Hz, que pode ser configurada para ser variável entre 120 Hz e o máximo. Também há suporte para a tecnologia NVIDIA G-SYNC. Já deu para perceber que fluidez não será um problema aqui, não é mesmo? O tempo de resposta é outro ponto que agrada, com apenas 3 ms.

Ainda na parte multimídia, encontramos na borda superior uma câmera com resolução Full HD, tanto nas fotos quanto nos vídeos. Só que não espere uma taxa de quadros acima dos 30 fps.

A webcam tem infravermelho nesta versão com taxa de 240 Hz, o que permite usar também no Windows Hello, para desbloqueio do sistema na hora de inicializar o Windows.

Na parte de áudio, o m16 possui um sistema estéreo, composto por dois alto-falantes de 2 W cada, para um total de 4 W de potência. Eles ficam localizados cada um em um dos lados, perto das bordas laterais da base do produto. A potência agrada bastante, a ponto de um volume de 50% já permitir um som bastante alto.

A qualidade também surpreende, pelas vozes bem nítidas e pelos agudos definidos. Os médio-graves se destacam mais que os graves e os subgraves, mas ainda assim dá para encorpar mais as frequências mais baixas, por meio do equalizador completo do Dolby Atmos.

Desempenho e sistema



Esta máquina vem equipada com um processador Intel Core i9-13900HX e uma placa de vídeo NVIDIA GeForce RTX 4070 com 8 GB de memória GDDR6. Uma dupla de componentes que possibilita rodar qualquer programa, mesmo os mais pesados, sem sentir qualquer engasgo.

A variante que testamos ainda contém 32 GB de RAM e um SSD de 1 TB de armazenamento em SSD. O bom é que você poderá instalar muitos jogos até ver o espaço interno mais cheio. Também dá para abrir múltiplos programas ao mesmo tempo, sem que o laptop comece a travar.

E o que temos de desempenho? Fizemos nossos testes de benchmarks para saber a resposta nas mais diferentes tarefas. No TimeSpy do 3DMark, foi possível ativar o modo de alto desempenho, que permitiu atingir quase 13 mil pontos. Algo acima dos 10,5 mil que já tínhamos visto no Avell A72 HYB. Para chegar no número, notamos que a CPU foi bem mais relevante que a GPU.

E por falar no processador, também o colocamos à prova no PCMark 10. Outra vez, com uma nota satisfatória, que chega quase aos 8.000 pontos. Detalhe para as tarefas mais complexas, como edição de foto e renderização e visualização, que anotaram as melhores notas da lista.

Esta variante testada sai da caixa com o Windows 11 Pro como sistema operacional nativo. Mas você também vai poder pedir um com Windows 11 Home, caso queira economizar neste quesito.

A Dell personaliza o software com um papel de parede nativo que contém o logo da Alienware centralizado. Entre os programas, há alguns de atualização e de suporte. Mas o principal é o Alienware Command Center. O software possibilita desde customizar os LEDs presentes no notebook, até escolher diferentes modos de desempenho, alguns com overclocking do processador e funcionamento a todo vapor dos coolers.

Jogos



Chegamos na parte principal: os jogos. Como o Alienware m16 se comporta aqui? Testamos cinco títulos distintos, para saber qual é o desempenho prático em diferentes cenários. Priorizamos a resolução Full HD+, que é mais comum entre os diversos laptops do mercado.

Em Fall Guys, a máquina não decepcionou. É possível ter algo bem próximo a 240 fps em todo o tempo, mesmo com a sala cheia de outros participantes online e todos os extras visuais ativados.

Já Counter Strike 2 registrou taxas de quadros sempre acima dos 130 fps, com alguns momentos mais próximos dos 200 fps. Algo bem suficiente para um título de tiro em primeira pessoa.

DOOM Eternal não teve uma performance muito diferente do título anterior, apesar de ele explorar bem o Ray Tracing. O que muda aqui é uma taxa de quadros mais estável na faixa dos 130 fps.

Em Ratchet And Clank, você desfrutará bastante da beleza visual proporcionada por esta tela. As cores ficam bem vívidas, enquanto o brilho ajuda a ver todos os detalhes de maneira mais clara. Já os quadros por segundo ficam na faixa de 70 fps, uma queda considerável em relação aos jogos anteriores, mas que ainda permite uma boa experiência neste gênero de jogo.

Por fim, God of War foi o único que não conseguimos alterar a resolução e tivemos de testar com resolução máxima de Quad HD+. Ainda bem que os resultados também são positivos, com a mesma média acima dos 70 fps do game anterior, porém com uma definição que permite ver mais detalhes do ambiente e desfrutar da beleza visual do Ray Tracing.

Bateria



A Dell colocou neste notebook uma bateria de seis células, com capacidade de 86 Wh. Qual o tempo que ela entrega em duração na prática? Fizemos os nossos testes de uso com navegação no Edge, documentos no Word e mensagens no Telegram.

Tivemos um total de 6 horas e 8 minutos de autonomia total. O resultado nos agradou, principalmente ao considerar o hardware presente aqui e que seguimos a configuração padrão com os LEDs RGB ligados.

Quando vamos para o carregamento, a Dell envia na embalagem um adaptador de tomada com potência de 330 W. Quanto tempo esta fonte potente precisa para fazer o laptop retornar aos 100%?

Os testes que fizemos mostraram ser necessário aguardar por pouco mais de 2 horas e 40 minutos para alcançar a carga completa. Esperávamos algo mais rápido, dada a potência do acessório e a capacidade da bateria.


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Consideraes finais



O Alienware m16 chegou ao país com o visual já conhecido da linha gamer da Dell e um hardware bastante avançado, que torna esta máquina ideal para qualquer tipo de jogo ou uso mais complexo.

Ele tem um desempenho top de linha, que permite rodar games com multiplayer online sem qualquer tipo de instabilidade, gêneros de tiro em primeira pessoa com alta fluidez e jogos AAA com uma suavidade aceitável. Sem falar nas demais tarefas pesadas de edição e renderização, que este notebook dá conta com tranquilidade.

A tela dele também agrada, não somente pelo tratamento antirreflexivo, mas também por manter um nível alto de cores e brilho, além de oferecer uma taxa de atualização elevada. O som é satisfatório na potência e não vai decepcionar em termos de qualidade.

A bateria é outro ponto positivo, dados os testes com os LEDs RGB ligados e o hardware poderoso. Uma pena que o tempo de carregamento não acompanha o esperado e precisa de muito tempo até chegar nos 100%. Outro ponto negativo está no seu design grande e pesado, o que dificulta a mobilidade desta máquina, caso queira levar de um ambiente a outro. Sem falar no alto barulho das suas ventoinhas.

A Dell lançou o Alienware m16 no Brasil por um preço sugerido que parte dos R$ 15.500. No mercado atual, não houve uma baixa considerável, mas dá para economizar R$ 1.000 e comprar uma unidade por cerca de R$ 14.500.

Quais são as alternativas do mercado? Uma delas consiste no ROG Strix G16. Você terá um conjunto similar, com Intel Core i9 de 13ª geração e GPU RTX 4060, a um preço mais baixo, por cerca de R$ 12.000, mas perderá em resolução e taxa fps da tela e na duração da bateria.

Outra opção é o Galaxy Book 3 Ultra. Ele também sai por algo próximo a R$ 12.000, e você terá mais bateria e um design ultrafino, além da tela AMOLED. Porém ficará sem os LEDs RGB e não terá mesma variedade de portas.

Você acha que esta máquina compensa a compra, frente a outros concorrentes? Qual é a característica que mais te chamou a atenção nela? Pode comentar à vontade aí no espaço abaixo.

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