Após oito anos, o Ministério da Saúde retomou, este mês, o fornecimento de benznidazol 12,5 mg, a dose pediátrica do antiparasitário para doença de Chagas. Cerca de 12 mil unidades foram adquiridas e enviadas aos estados, para disponibilização por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos anos, o medicamento só estava disponível na dosagem de 100 mg, para tratamento de fase inicial da doença em adultos.
No início deste mês, a doença se tornou notícia após o aparecimento de insetos do tipo barbeiro no campus da Universidade de São Paulo (USP). Um e-mail divulgado internamente com orientações sobre o tema chegou a viralizar nas redes sociais. De acordo com informações do site G1, um dos seis insetos estava infectado com o protozoário Trypanossoma cruzi.
Doença de Chagas no Brasil
Atualmente, a transmissão oral é a principal forma de contágio no Brasil, ocorrendo frequentemente em surtos. De acordo com o último Boletim Epidemiológico sobre a doença, estima-se que, pelo menos, 1 milhão de brasileiros estejam infectados pelo T. cruzi. Em estudos recentes, esse número varia de 1,9 até 4,6 milhões de pessoas, e o impacto em mortalidade ainda é grande: a infecção é uma das quatro principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias no país.
Segundo dados do Ministério, nos últimos dez anos, foram registrados em média 4 mil óbitos por ano tendo como causa básica a doença de Chagas. A maior parte das mortes pela infecção está relacionada a complicações decorrentes de doença cardíaca crônica.
Tratamento com benznidazol
O objetivo principal do tratamento é a eliminação dos parasitas e manejo dos sintomas. Por isso, o antiparasitário benznidazol é a primeira linha e, mesmo possuindo ação limitada em pacientes com doença crônica, as evidências apontam grande proporção de cura em pessoas com menos de 18 anos de idade.
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Autor
Equipe de Jornalistas da Afya.