A Prio lança agora em Portugal o novo combustível Eco Diesel com incorporação de 15% de energias renováveis e a AWAY foi visitar onde nasce este combustível português.
Criado de raiz em Portugal nos laboratórios da empresa na zona da Gafanha da Nazaré, Ílhavo (Aveiro), o novo Prio Eco Diesel é um combustível tecnologicamente avançado (tecnologia E2Tech) que pretende marcar a diferença com incorporação de 15% de energias renováveis (B15), um salto face à oferta de alguma concorrência e até face à oferta premium da marca com o TopDiesel que possui 7% (B7).
Em termos de vantagens a energética portuguesa (pertença do grupo espanhol Disa), refere que o Eco Diesel permite uma redução de consumo de combustível de até 5% e redução das emissões de gases de efeito de estufa em até 18%, para além de indicar que tem maior poder de limpeza e proteção às impurezas do motor.
Com a introdução do novo Eco Diesel (ndr. poderá custar cerca de 2 a 4 cêntimos acima da oferta Top Diesel), a Prio passa a oferecer dois combustíveis aditivados de alta performance e deixa de vender (na rede própria) o gasóleo simples.
Para lançar o novo combustível Eco Diesel no mercado nacional a Prio assegura que, ao longo dos últimos três anos, foram realizados mais de 100 milhões de quilómetros de testes em veículos de frotas de parceiros e também por isso assegura que, neste momento, passa a ser um dos mais avançados e sustentáveis à venda em Portugal.
Visita ao complexo de novas energias Prio
Por ocasião do lançamento do novo combustível Eco Diesel, e a convite da Prio, fomos conhecer o complexo de novas energias Prio, composto pelo centro de desenvolvimento (fábrica) e zona de armazenagem.
A Prio nasceu em 2006 e assumiu desde cedo o compromisso com a inovação e a ecologia. A partir de 2013 a transformação de resíduos em energia passou a ser um marco, com um percurso onde a tecnologia e otimização de processos fez sempre parte da marca. Pelo caminho foi realizado um forte investimento em 2019 em upgrade da unidade de produção e abandonaram a produção com base em óleos virgens e, desde 2020, dedicam-se à utilização de resíduos avançados e produção de biodiesel.
No centro de desenvolvimento recebem a matéria-prima (por navio – via pipeline, ou via terrestre) de toda a Península Ibérica, que chega à fábrica que tem uma capacidade instalada de 113 mil toneladas e produz atualmente uma média de 90 mil toneladas.
O avançado laboratório presente no complexo certifica a qualidade do biodiesel, mas há uma certificação independente, nos Países Baixos, antes de ser enviado ao cliente final.
Alguns exemplos da preocupação com a sustentabilidade
Quer na fábrica, quer na armazenagem, os tanques estão a ser cobertos com painéis fotovoltaicos flexíveis que permitem produzir até 10% da energia que é consumida (ou a totalidade no caso do centro de armazenagem).
A Prio aproveita águas do processo de lavagem do biodiesel voltando a incorporá-las no ciclo de produção, tem uma unidade dessalinizadora e tem um projeto que poderá possibilitar a utilização de águas cinzentas em zonas de lavagem (na armazenagem).
Em projeto do PPR está a conversão de uma atual caldeira a gás para utilização de biometano de forma a reduzir a pegada em termos ambientais.