Não é de hoje que a indústria de tecnologia vem inundando o mercado com produtos voltados para o público gamer, com isso, cabe às fabricantes encontrar formas de se destacar nesse meio tão competitivo.
Felizmente, a HyperX, marca que pertence ao grupo HP, é uma das mais conceituadas quando se refere a periféricos gamer, mas será que o novo HyperX Cloud III, novo headset da marca que chegou ao mercado brasileiro recentemente, consegue superar seu antecessor e entregar um bom desempenho e melhorias atrativas?
O TudoCelular teve a chance de testar o dispositivo, o que nos permite responder esta e outras dúvidas sobre ele.
Construo e design
Mantendo muito do visual dos dispositivos mais recentes da marca, sendo até bem parecido com o HyperX Cloud Alpha Wireless, o novo HyperX Cloud III chega como uma evolução de seu antecessor, tanto no quesito conforto quanto no quesito usabilidade.
Logo de cara, a maior novidade é na headband (faixa da cabeça), que agora conta com uma costura mais discreta e vem equipada com as famosas Memory Foam da marca, espumas que memorizam o formato de sua cabeça para se encaixar melhor e que garantem mais conforto para o usuário.
As mesmas espumas também podem ser encontrada nas conchas auriculares, que inclusive ficaram ligeiramente mais grossas em relação ao modelo anterior, como uma forma de torná-las mais duráveis.
Quanto ao revestimento das espumas, a marca segue apostando em um material sintético que imita o couro. Em nossos testes, não foi possível identificar a durabilidade do revestimento, mas vale ressaltar que eles não são imunes ao efeito de “descascar”, que acontece na grande maioria de dispositivos desse tipo, mas só o tempo dirá se ele resiste bem.
Enquanto isso, as conchas são presas pela já tradicional estrutura metálica na cor vermelha (que também serve para ajustar a altura da headband), que visa garantir a modernidade do design e uma durabilidade prolongada. Vale notar que as conchas possuem uma espécie de dobradiça nas laterais a fim de ajustar a angulação das mesmas para aumentar o conforto no uso.
Outra novidade nesse “facelift” do dispositivo são os botões de controle, que agora deixaram de ser posicionados do dongle USB, que também servia como placa de emulação para o áudio 7.1 (falaremos sobre isso mais adiante), e agora foram passados para as laterais das conchas. Tudo está muito simplificado, tendo o scroll de volume do lado direito e o botão de mutar / desmutar do lado lado esquerdo.
Por falar no microfone, apesar de se manter como uma haste flexível que pode ser removida a qualquer momento, o componente também conta com algumas melhorias importantes. A mudança mais notável é o filtro que fica acima do microfone, que deixou de ser um feltro que podia ser acoplado pelo usuário e passou a ser um pop filter em malha de metal integrado, que ajuda a reduzir os barulhos externos na hora da comunicação, além de evitar aquele efeito de “sopro” que era captado ao falar com o filtro anterior.
Mesmo que luzes de LED sejam sinônimo de dispositivos gamer, o Cloud III é bem modesto nesse quesito, em grande parte por ser um dispositivo mid-end, o que significa que sua construção deve ter um custo menor, mas além disso, a ausência de iluminações em demasia também ajuda a diminuir o peso do item. O único LED visível é o que integra o microfone destacável, que se acende na cor vermelha caso o microfone esteja mutado.
No mais, todo o resto adota os padrões mais recentes da marca: incluindo o fio que vem acoplado à concha esquerda, que mantém o acabamento em nylon trançado em preto e vermelho. O mesmo acabamento também é encontrado no dongle USB.
Dentro da caixa, os usuários irão encontrar o dispositivo, o dongle USB-C, um adaptador USB-C para USB-A, microfone destacável, informe de produtos da marca e certificações.
Melhorias e usabibilidade
Segundo a marca, o grande desafio aqui foi entender os recursos mais adorados pelos usuários do Cloud II, descrito como o best-seller, e dar sequência a esse sucesso.
Com isso, as melhorias no Cloud III são pontuais, mas eficazes. Além das melhorias de construção e design que destacamos acima, o dispositivo também é realçado pelo novo microfone destacável de 10 mm ultraclaro com cancelamento de ruído, que permite uma comunicação mais cristalina, mesmo em ambientes mais barulhentos.
Já na parte de reprodução, o dispositivo chega com novidades bem interessantes, principalmente no que se refere ao áudio espacial 3D. Diferentemente de seu antecessor, que contava com a placa USB para emular esse recurso, o novo Cloud III agora traz a emulação via software pelo DTS® Headphone:X®1 Spatial Audio, com todos os dispositivos vindo acompanhados de uma licença vitalícia do sistema DTS, o que exclui a necessidade do dongle USB do modelo anterior.
Mesmo que a qualidade de som com o recurso DTS ativado seja realmente impressionante, seja na jogatina ou na reprodução de vídeos ou músicas, o dispositivo também trabalha bem de forma mais “pura”, graças aos seus drivers de 53mm, que foram redesenhados para melhorar a qualidade sonora.
É claro, vale dizer que estamos falando de um dispositivo mid-end, o que significa que seu palco de som não é tão potente quando comparado com headsets mais parrudos, mas ainda assim, ele entrega uma qualidade muito boa.
Para quem gosta de experimentar mais o controle de som, o software HyperX NGENUITY também oferece opções de Equalização, onde é possível escolher entre um preset que já vem programado no software ou programar uma opção customizada.
O fato do dongle USB ter sido removido faz com que o uso do dispositivo seja mais confortável, além do fato de que isso também prolonga sua durabilidade, tendo em vista que é um componente físico a menos para desgastar.
Durante nosso teste, foi possível atestar que o Cloud III é realmente bem confortável, o que faz até mesmo que você esqueça que está usando-o em alguns momentos.
O fio pode ser um limitador para algumas pessoas, contudo, o equipamento vem equipado com uma boa metragem para garantir um uso confortável sem ser algo excessivo para deixar sua mesa bagunçada.
Ao falarmos sobre as espumas, a versão com revestimento sintético pode incomodar um pouco nos dias muito quentes, algo que a versão revestida em tecido leva uma certa vantagem, mas em contrapartida, ela isola melhor o som, fazendo com que a percepção do áudio externo seja praticamente nula.
Por falar nas espumas com revestimento em tecido, diferentemente do Cloud II, o Cloud III não conta com um par de espumas adicional em tecido, sendo acompanhado somente das espumas com o couro sintético. Contudo, elas ainda são de fácil substituição, o que permite uma longevidade maior do dispositivo caso as originais comecem a se desgastar.
Por fim, quanto à conectividade, podemos dizer que o Cloud III é muito versátil e descomplicado, permitindo que ele se integre facilmente ao PC, PS5, PS4, Xbox Series X/S, Xbox One, Nintendo Switch, Mac e dispositivos móveis.
Mas e a, vale a pena?
Chegando ao mercado brasileiro com preço sugerido de R$ 599,99, o novo HyperX Cloud III traz um pacote de serviços bem honesto, entregando um dispositivo competente e que promete fazer jus ao sucesso de seu antecessor.
Aqueles que estão vindo de um equipamento mais singelo, ou que buscam uma atualização para o novo modelo, certamente ficarão satisfeitos.
Apesar de simples e sem muita empáfia, este headset cumpre o que promete, sendo uma ótima maneira de complementar o setup gamer ou para uso cotidiano.