Um estudo da consultora Deloitte posiciona os países do Norte de África como principais exportadores de hidrogénio verde até 2050, com particular destaque para Marrocos e Egito, num negócio pode valer a nível mundial cerca de 1,4 biliões de dólares (cerca de 1285 milhões de euros) e criar mais de 2 milhões de empregos.
A previsão da Deloitte estima que Marrocos e Egito poderão exportar cerca de 110 mil milhões de dólares (100,9 milhões de euros) por ano, baseando-se em dados da Agência Internacional de Energia (IEA) e levando em linha de conta o potencial da região no que respeita à utilização e aproveitamento das energias renováveis em especial da energia solar e eólica, fulcrais para a produção de hidrogénio verde.
O estudo divulgado pela consultora revela que até 2050 o mapa que conhecemos de fornecimento de energia poderá ter um novo figurino com os mercados agora emergentes a terem um papel central devido à exportação do hidrogénio verde.
O hidrogénio verde posiciona-se como solução de descarbonização em especial para a indústria pesada e transportes de longo curso (aviação e indústria marítima). A necessidade de contar com hidrogénio limpo ou verde, produzido a partir de fontes renováveis, é evidente quando comparado com a atual oferta (por exemplo de hidrogénio cinza) ainda poluente.
A exposição solar de Marrocos e a posição estratégica do Egito são pontos a reter ainda para mais devido à existência de gasodutos que poderão permitir colocar hidrogénio verde na Europa central com um preço competitivo em relação a outras propostas.
A ascensão do Marrocos e do Egito como líderes em potencial na produção e exportação de reino do hidrogênio verde simboliza a capacidade transformadora dos recursos renováveis algo que os países do norte de África parecem estar apostados em concretizar com fortes apoios estatais a todas as iniciativas.