Os brasileiros possuem contas em torno de quatro bancos diferentes, mas usam apenas dois como seus principais. Isso é o que aponta um estudo recente do instituto Quantas e Liga Pesquisa, encomendado pelo Google e que também mostra mais da metade das pessoas com vontade de trocar o seu banco principal.
A razão para a adesão de tantas instituições se assemelha com o cenário de alguns anos atrás, quando os usuários buscavam vários chips de operadoras. Ou seja, o objetivo é obter um número diversificado de vantagens na hora de obter crédito pré-pago. Mas, as pessoas buscam aliar características dos grandes bancos com as das instituições digitais.
De acordo com a pesquisa, os motivos que atraem os brasileiros a considerar um banco como o seu principal incluem detalhes como:
- Frequência de transações (77%)
- Recebimento de salário (58%)
- Oferta de crédito (49%)
- Concentração de seus investimentos (44%)
Quanto ao segundo banco, as razões são:
- Frequência de transações (37%)
- Concentração de investimentos (34%)
- Oferta de crédito (33%)
- Recebimento de salário (30%)
Mônica de Carvalho é diretora de negócios do Google Brasil e comentou:
Hoje temos quase 190 milhões de brasileiros bancarizados, número que cresceu de forma acelerada durante a pandemia por conta do auxílio emergencial. O grande desafio das instituições financeiras, sejam elas grandes bancos ou nativas digitais, é conquistar o consumidor que já é cliente de outra marca e se tornar o seu banco principal.
Usurios cogitam trocar o banco principal
Outro detalhe importante apontado pela pesquisa foi que mais da metade dos entrevistados (57%) consideram trocar o seu banco principal. Além disso, 17% dos usuários revelaram que há muitas chances de mudarem sua escolha primária. As pessoas entre 25 e 34 anos (59%) das regiões Sudeste e Centro-Oeste (59%) e que pertencem à Classe A (65%) são as que mais cogitam essa mudança.
Vitor Zenaide é líder de insights para finanças do Google Brasil e também falou sobre o estudo:
Se manter como o banco principal do consumidor exige um trabalho contínuo para convencer o consumidor sobre as vantagens que ele terá ao fazer isso. Os bancos não devem achar que o jogo está ganho, pois a chance de uma troca é grande. Ao cuidar do cliente e garantir que ele entenda essas vantagens, os bancos têm a oportunidade de acelerar o uso de diferentes produtos financeiros e gerar maior rentabilidade
Preferncia dos mais jovens pelos bancos digitais
O estudo também mostrou que as pessoas da faixa etária mais jovem (entre 18 e 34 anos) preferem os bancos digitais, que também é a escolha primária das pessoas que vivem nas regiões Norte e Nordeste. Os grandes bancos tradicionais são os favoritos na região Sudeste e para pessoas acima dos 45 anos.
Veja também: o estudo que mostrou o Brasil como um dos países mais engajados no estudo do inglês e uma pesquisa que falou sobre a relação entre feed cronológico nas redes sociais e a polarização.