Primeiro caso de leishmaniose visceral concomitantemente a cutânea no Brasil

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) descreveram o primeiro caso de manifestação concomitante de leishmaniose visceral e leishmaniose cutânea não ulcerada em um paciente atendido no hospital vinculado à Universidade Federal de Sergipe (UFS). 

A criança, acompanhada de 2016 a 2020, estava infectada pelo protozoário Leishmania infantum, causador de leishmaniose visceral, e por outro parasita do gênero Crithidia, que foi encontrado anteriormente em um caso fatal de leishmaniose visceral ocorrido na mesma região endêmica. 

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Primeiro caso de infecção concomitante de leishmaniose visceral e cutânea no Brasil

Primeiro caso de infecção concomitante de leishmaniose visceral e cutânea no Brasil

O caso relatado 

Em 2016, o menino de 9 anos deu entrada no hospital com sintomas graves indicativos de leishmaniose visceral. Em 2020, o paciente já havia sido internado cinco vezes para tratamento na terceira e quarta internação, cepas foram isolados de sua medula óssea e baço. Na quarta internação, ele foi submetido a esplenectomia para resolução do hiperesplenismo e remoção de um provável reservatório parasitário.  

No mesmo ano, além dos sintomas de leishmaniose visceral, ele desenvolveu lesões cutâneas papulares não ulcerativas e cepas de parasitas foram isoladas nas biopsias de medula óssea e pele. 

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Análise das cepas 

As quatro amostras de isolados clínicos obtidos durante as recidivas do paciente foram cultivados e passaram por análises filogenéticas. Essas análises apontaram a presença do Leishmania infantum, mas também indicaram que as cepas isoladas durante a terceira e quarta internação estavam mais intimamente relacionadas a membros da subfamília Leishmaniinae do gênero Crithidia e não do gênero Leishmania 

Esses parasitas eram semelhantes aos isolados clínicos obtidos de um caso fatal anterior de um paciente da mesma região, uma espécie ainda sem nome. 

Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED. 

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Jornalista formado pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em 2009, com extensão em Produção Editorial (UNESP) e Planejamento Digital (M2BR Academy).

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