Lançado recentemente pela SpaceX, o telescópio Euclid começou sua missão de coletar informações sobre energia e matéria escura e explorar galáxias distantes em até 10 bilhões de anos-luz. As primeiras imagens do aparelho, feita durante testes, já foram divulgadas, mostrando os resultados captados por meio do VIS, o instrumento visível, que reproduz o espectro eletromagnético visível aos olhos humanos, a partir de ondas de entre 550 e 900 nanômetros.
Há também resultados gerados a partir do espectrômetro e fotômetro de infravermelho, ou NISP, capaz de medir a quantidade de luz das galáxias e gerar imagens em luz infravermelha e luz visível —entre 950 e 2020 nanômetros.
“As excelentes primeiras imagens obtidas usando os instrumentos visíveis e infravermelhos do Euclid abrem uma nova era para a cosmologia observacional e a astronomia estatística. Eles marcam o início da busca pela própria natureza da energia escura”, diz Yannick Mellier, astrônomo do Institut d’Astrophysique de Paris e líder do Euclid Consortium.
A ideia é que o Euclid avance no mapeamento do lado escuro do universo a partir da criação de um mapa 3D que deve incluir até medições do espaço-tempo. O observatório conta com o “grism”, aparelho que pode dividir a luz cósmica para melhorar a qualidade dos dados antes de enviar ao NISP. Com isso, pesquisadores conseguem determinar os componentes químicos e a distância de cada galáxia estudada.