A inteligência artificial está na moda, mas seu uso, já há alguns anos, tem sido bem mais extenso que o mundo estritamente da tecnologia. No caso, um novo estudo publicado na revista The Lancet Oncology apontou como esse tipo de ferramenta tem ajudado na triagem e na identificação de cânceres de mama.
A pesquisa examinou cerca de 80 mil mulheres suecas. O resultado mostrou que, a partir dos exames ao lado da IA, os médicos radiologista identificaram 20% mais casos da doença.
Os cientistas apontaram para a facilidade de uso ao lado de revisão humana e que, mesmo com o aumento de diagnósticos, a máquina não aumentou o número de falsos positivos. Com a ajuda na triagem, a carga de trabalho dos radiologistas caiu em cerca de 44,3%.
As participantes, acompanhadas entre abril de 2021 e julho de 2022, agora serão seguidas ao longo de dois anos, para identificar se a IA realmente ajudou no processo. No processo, um grupo foi examinado por dois radiologistas, enquanto outro foi lido pela IA. Com a máquina, 244 cânceres foram reconhecidos, ao lado de 861 reavaliações. Com as avaliações humanas, 203 cânceres foram identificados, com 817 reavaliações.
Menos um avanço em direção à substituição do humano pela máquina, a tecnologia reforça o papel do profissional segundo Kristina Lång, autora principal do estudo ao portal Euronews. Os resultados, vale ressaltar, se restringem a um único tipo de dispositivo de mamografia e um sistema de IA específico.