Anemia Ferropriva: o que devo saber? [podcast]

A anemia ferropriva é um tipo de anemia causada pela deficiência de ferro no organismo. O ferro é um mineral essencial para a produção de hemoglobina. Quando o corpo não possui ferro suficiente, a produção de hemoglobina é comprometida, resultando em glóbulos vermelhos menores e menos eficientes, incapazes de transportar a quantidade adequada de oxigênio.

Neste episódio, Lívia Coelho, hematologista e conteudista do Whitebook, comenta sobre como um quadro de anemia ferropriva pode levar a uma série de sintomas, como fadiga, fraqueza, palidez, tontura, falta de ar, dor de cabeça e, em casos mais graves, até problemas cardíacos. 

Veja também: Assincronias de ciclagem: o que saber?

anemia ferropriva

Definição

Anemia  caracterizada por redução ou ausência de estoque de ferro no organismo. É mais comum em crianças (alta demanda em razão de crescimento) e mulheres no menacme (perda sanguínea recorrente).

Fisiopatologia

O ferro é elemento essencial para a síntese de hemoglobina. Sua deficiência acaba por prejudicar a eritropoiese. O desenvolvimento de ferropenia e sua evolução para anemia dependem de fatores relacionados com o paciente (ex.: sexo, idade, balanço de ferro basal) e da causa de base (duração, gravidade, velocidade).

Quando há deficiência de ferro, inicialmente, observa-se depleção dos estoques e, posteriormente, há redução do ferro disponível para a síntese de hemoglobina. Se a deficiência não for corrigida, desenvolve-se a anemia.

Apresentação Clínica

Anamnese

Quadro clínico

As queixas dos pacientes associam-se à síndrome anêmica.

Ferropenia grave (ferritina extremamente baixa) pode causar sintomatologia semelhante, mesmo na ausência de anemia. Sintomas típicos incluem fadiga, cefaleia, irritabilidade, intolerância aos exercícios, dispneia aos esforços e angina.

Alguns pacientes têm perversão do apetite (pica), relatando vontade de ingerir coisas não alimentícias (ex.: gelo, papel, sabão). Há associação também entre anemia ferropriva e síndrome das pernas inquietas (vontade incontrolável de mexer as pernas durante períodos de inatividade). O relato de disfagia deve levantar a hipótese de síndrome de Plummer-Vinson (ferropenia, disfagia, membrana esofágica).

Marcadores de gravidade:

  • Anemia grave e/ou de rápida instalação com instabilidade hemodinâmica;
  • Doença cardiopulmonar concomitante.

Fatores de risco:

  • Baixa ingestão dietética;
  • Má absorção – exemplos:

          → Doença celíaca;
          → Gastrite atrófica;
          → Cirurgia bariátrica;
          → Uso de drogas;
          → Infecção por H. pylori.

Perda sanguínea – exemplos:

  • Menorragia;
  • Trauma;
  • Hemorragia digestiva;
  • Hemoptise;
  • Hematúria;
  • Hemodiálise.

Alta demanda – exemplos:

  • Infância e adolescência;
  • Gestação;
  • Uso de agentes estimuladores da eritropoiese.

Exame Físico

Pode ser normal ou revelar uma ou mais das seguintes alterações:

  • Palidez;
  • Esclera azulada;
  • Glossite atrófica;
  • Queilite angular;
    Coiloníquia (unha em colher);
  • Taquicardia;
  • Sopro cardíaco.

Atenção! Crianças podem ter déficit de crescimento.

Leia também: Febre maculosa: como identificar a doença?

Saiba mais conferindo o episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!

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As informações utilizadas nesta publicação foram obtidas no Whitebook Clinical Decision.

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