Diagnóstico do prolapso retal na criança

O prolapso retal na criança é a protrusão da parede retal total ou da mucosa anorretal através do esfíncter anal externo. Pode ser parcial ou completo. Quer saber mais sobre essa abordagem diagnóstica? Confira o nosso post semanal de conteúdos do Whitebook Clinical Decision.

crianças

O diagnóstico é essencialmente clínico e pode ser feito com base na história e exame físico.

Anamnese: quando houver história compatível com prolapso retal e a ectoscopia da região anal e o exame de toque retal forem normais, os pais devem ser encorajados a registrar fotos ou vídeos da região anal antes de realizar exames adicionais, visto que as imagens podem fornecer um diagnóstico definitivo e evitar procedimentos diagnósticos desnecessários.

Exame físico completo: como descrito anteriormente.

Exames complementares: indicados para casos selecionados.

  • Exames laboratoriais: indicado nos casos de investigação de constipação crônica e suspeita clínica de causas tratáveis como hipotireoidismo e doença celíaca;
  • Radiografia contrastada de cólon: pode ser realizada em pacientes com constipação crônica para descartar patologias cirúrgicas associadas. Nos casos mais raros, de prolapso retal interno, nota-se preenchimento de sombras de defeitos na área distal do reto;
  • Manometria anorretal: pode ser indicada em pacientes com distúrbio de eliminação fecal por condições neuromusculares;
  • Sigmoidoscopia: indicada para diagnóstico de prolapso retal oculto. O exame revela eritema e granularidade do reto distal, ou uma lesão do tipo nódulo polipoide esbranquiçado na mucosa da parede anterior do reto. Nos casos de prolapso retal interno, observam-se as pregas mucosas retais que se projetam na abertura do ânus;
  • Colonoscopia: pode ser realizada se houver suspeita de úlcera retal solitária ou pólipos retais;
  • Defecografia dinâmica: um dos métodos mais valiosos para avaliação de distúrbios do assoalho pélvico. Pode avaliar tanto distúrbios estruturais quanto funcionais não observados em condições de repouso. Embora sua utilidade tenha alcançado um consenso em distúrbios de adultos, ainda é limitada em crianças, sendo mais utilizada em pacientes maiores. É recomendado em pacientes com sintomas atípicos, com idade superior a 10 anos ou se houver suspeita de úlcera retal.

  • Tipo I: também chamado de falsa procidência, prolapso parcial ou mucoso. Envolve apenas a protrusão da mucosa, geralmente tem menos de 2 cm de comprimento, e produz pregas radiais na junção com a pele anal (aspecto radiado);
  • Tipo II: também chamado de procidência verdadeira, ou prolapso completo. Envolve a extrusão de espessura total da parede retal caracterizada por pregas concêntricas na mucosa prolapsada (aspecto circunferenciado). Esta é a intussuscepção funcional do reto, que pode ser subdividida com base no nível de intussuscepção:
    • O prolapso de 1º grau inclui a junção mucocutânea, a protrusão da borda anal geralmente é maior que 5 cm;
    • O prolapso de 2º grau é entre 2-5 cm de protrusão;
    • O prolapso de 3º grau é interno ou oculto e não passa pela margem anal.

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