O que garante o aprimoramento constante de inteligências artificiais que geram textos e imagens é seu treinamento com bancos de dados massivos. Para seguir nesse caminho, a OpenAI anunciou ter renovado a parceria com o banco de imagens Shutterstock, para seguir usando materiais do site para treinar o Dall-E, sua plataforma que cria artes a partir de prompts.
A parceria inclui ainda acesso a vídeos, músicas (e naturalmente aos metadados desses materiais) do portal. A parceria começou ainda em 2021, laço que o CEO da OpenAI, Sam Altman, descreveu como fundamental para o treinamento da ferramenta. Como forma de compensação pelo uso dos trabalhos de milhares de profissionais independentes (ilustradores, fotógrafos, editores…) o Shutterstock criou um fundo de contribuição para quando os trabalhos são usados no treinamento.
Então, a Shutterstock ainda integrou o gerador de imagens da OpenAI em seu site e proibiu a venda de imagens geradas por IA que não foram criadas usando com o Dall-E integrado. Agora, o Shutterstock diz que dará aos usuários a capacidade de “editar e transformar qualquer imagem em toda a biblioteca. Há planos ainda de levar os recursos de IA para o Giphy, a plataforma de criação de GIFs comprada da Meta no início deste ano.
O movimento do Shutterstock é o oposto ao de plataformas como a Getty Images e outros sites, que veem com preocupação o uso de conteúdos de terceiros para treinar um modelo que, no fim, estaria roubando o estilo e o empenho de diversos artistas.
A Getty Images também processou a Stability AI, a empresa por trás da ferramenta de arte de IA Stable Diffusion, alegando que ela “copiou e processou ilegalmente milhões de imagens protegidas por direitos autorais” em seu site. As definições jurídicas desse universo, porém, ainda estão longe de serem bem definidas.