Como é feita a verificação de fatos e o que vai mudar no Facebook e no Instagram? | Detetive TC

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Na última terça-feira (7), o CEO da Meta, Mark Zuckerberg,”https://www.tudocelular.com/seguranca/noticias/n230290/meta-muda-checagem-de-fatos-notas-da-comunidade-x.html” alvo=”_blank”>comunicar o fim do sistema de verificação de fatos nas redes sociais da empresa, como forma de se alinhar ao novo governo dos Estados Unidos, que terá o retorno de Donald Trump como presidente a partir do dia 20 de janeiro.

O anúncio foi precedido de uma série de outras mudanças nas plataformas, que vão desde mudanças de nome de temas referentes à comunidade LGBTQIA+, até a liberação da associação desse público a doenças mentais.

Uma dúvida que ficou no ar engloba a aplicação do fim da verificação de fatos, se seria restrita ou não aos Estados Unidos. Ó”https://www.tudocelular.com/seguranca/noticias/n230315/mpf-questiona-meta-brasil-novas-regras-checagem.html” alvo=”_blank”>Ministério Público Federal cobrou explicação da Meta Brasil se essa decisão seria aplicada também ao Brasil, que deverá responder ao órgão em 30 dias.

Em meio a essas mudanças nas redes sociais comandadas por Zuckerberg, como funcionou a verificação de fatos até então? O que mudará a partir de agora? Ó”http://tudocelular.com/detetive-tudocelular/” alvo=”_blank”>Detetive TudoCelular apurou as informações e vai explicar para você agora.

Rede Internacional de Verificação de Fatos

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No lugar de ter uma equipe própria para a verificação de fatos, a Meta conta com parceiros da Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN). As agências credenciadas à entidade não partidária são as responsáveis ​​por verificar se a postagem contém algum barco.

A IFCN foi fundada no ano de 2015 pelo Instituto Poynter, uma organização sem fins lucrativos focada na promoção do jornalismo ético e que detém o jornal Tampa Bay Times, sediado na Flórida.

Em cada país de atuação, a entidade tem acordos com agências locais para a realização das verificações. São quatro participantes no Brasil: Aos Fatos, Estadão Verifica, Lupa e Conferência UOL.

Já nos Estados Unidos, a lista é composta por 13: Verificação de fatos AP, Verifique seu fato, El Detector/Univisión Noticias, FactCheck.org, Histórias principais, PolitiFact, Reuters, Snopes. com, T Verifica – Notícias Telemundo, O Despacho, Verificador de fatos do Washington Post, EUA hoje e Relógio Winsconsin.

Como realizou a verificação de fatos?

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O processo de verificação de fatos aplicado às redes sociais da Meta, como Facebook e Instagram, é composto por três passos. O primeiro é a detecção de Fake News, tanto pelos próprios verificadores quanto por usuários ou até mesmo ferramentas de Inteligência Artificial.

No próximo passo, os verificadores humanos realizam uma revisão do conteúdo e fazem relatórios que determinam a precisão da postagem em questão. Para esta definição, são utilizadas entrevistas com fontes primárias, dados disponíveis publicamente e análise de imagens e vídeos.

Por último, está a ação por parte da Meta. Ela pode ocorrer por meio de diminuição da visibilidade, notificação de informação falsa aos usuários que compartilharam o conteúdo e inserção de um rótulo de aviso. A verificação não gera qualquer remoção de conteúdo, a menos que haja uma denúncia dos Padrões da Comunidade.

Como ficar depois de mudar?

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Com a mudança confirmada por Zuckerberg, não haverá mais a participação de agências independentes para o processo de verificação de fatos. No lugar desse processo, as redes sociais da Meta – Facebook, Instagram e Threads – irão aderir ao modelo de “notas da comunidade” aplicado ao X (Twitter).

Neste formato, os próprios usuários poderão adicionar comentários que ficarão nos rótulos das publicações. Eles apenas serão aplicáveis ​​aos conteúdos considerados de “menor gravidade” pela companhia, que são os dispensados ​​de verificação.

A meta explica que, “assim como no X, as Notas da Comunidade exigiam acordo entre pessoas com diversas perspectivas para ajudar a evitar classificações tendenciosas”. Isso significa que a própria empresa dispensará qualquer responsabilidade sobre o que os usuários adicionarem de nota.

No caso das publicações de alta gravidade, haverá um trabalho de moderação focado em avaliação de possíveis situações legais. Entre os exemplos, estão temas de “drogas”, “exploração sexual infantil” e “terrorismo”, por exemplo.

O que diz o IFCN?

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O diretor do projeto MediaWise, do Instituto Poynter, parte do IFCN, chegou a publicar um artigo para abordar e criticar a decisão de Mark Zuckerberg em remover a checagem de fatos das redes.

Alex Mahadevan afirmou que imitar o sistema aplicado pelo X (Twitter) deixará de ter uma transparência total nas publicações e poderá contar com uma série de falhas na prática.

“Com base no comunicado de imprensa da Meta, parece que ele imitará de perto o sistema do X, mas aparentemente sem o ângulo positivo da transparência total. Portanto, só posso adivinhar que as mesmas falhas que assolam as Notas da Comunidade agora substituirão a verificação de fatos testados e comprovados que estavam acontecendo no Facebook e no Instagram.”

Alex Mahadevan

Diretor do projeto MediaWise, do Instituto Poynter

Mahadevan listou três argumentos para isso. O primeiro é que o algoritmo para escolher as “verificações de fatos” que aparecerão com as notas dos usuários, os quais verão que seguirão alguma viés, o que não será concordado por outros usuários.

O segundo sinal para a presença de informações erradas nessa participação da comunidade para a adição de complementos, tal qual usar como base fontes tendenciosas ou improcedentes.

Por último, ainda ser um experimento, pode ser mais suscetível à desconfiança, ainda mais por se tratar de plataformas com uma quantidade tão grande de usuários, como o Instagram e o Facebook.

O que diz a Meta?

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Em uma publicação em seu blog oficial, o chefe de Assuntos Globais da Meta, Joel Kaplan, reforçou o que Zuckerberg afirmou no vídeo publicado, sobre a mudança da companhia quanto à visão sobre a verificação de fatos.

O executivo afirmou que, no lançamento do programa em 2016, a empresa deixou claro que não queria “ser os julgados da verdade” e acusou os especialistas de fazerem o trabalho com “preconceitos e perspectivas”.

“Quando lançamos nosso programa independente de verificação de fatos em 2016, fomos claros sobre não querermos ser os julgados da verdade. Adotamos o que consideramos ser a melhor e mais razoável escolha na época, que era deixar essa tarefa para organizações independentes de verificação de fatos. A intenção do programa era fornecer às pessoas mais contexto e informações sobre as coisas que elas veem online, em especial rumores e especulações que viralizam, para que elas possam julgar por si mesmas o que veem e leem.

“No entanto, não foi assim que o processo se desenrolou, especialmente nos Estados Unidos. Os especialistas, assim como todos, têm suas próprias perspectivas, e isso se manifestou nas escolhas que alguns fizeram sobre o que verificar e como. Ao longo do tempo, acabamos por ter muito conteúdo sendo verificado que as pessoas entenderam como discurso político legítimo e debate. Nosso sistema então adicionou consequências reais na forma de rótulos intrusivos e distribuição reduzida. Um programa destinado a dar mais informação para as pessoas se tornou, com frequência, uma ferramenta de censura.”

Joel Kaplan

Chefe de Assuntos Globais da Meta

No comunicado, Kaplan ainda confirma que a mudança será aplicada aos Estados Unidos neste primeiro momento, mas não informou se isso se expandirá para outras localidades, como o mercado brasileiro.

O TudoCelular questionou a assessoria da Meta se o encerramento da checagem de fatos também ocorrerá no Brasil no futuro. Até o momento, não obtivemos resposta. O espaço continuará aberto e será atualizado caso a empresa retorne no futuro.

Qual é a sua avaliação sobre o fim da verificação de fatos nas redes sociais da Meta? Participe conosco!

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