Empresário declara que não disputará o 2º turno com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) porque foi criticado por figuras da direita
Candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo no 1º turno, Pablo Marçal (PRTB) disse nesta 3ª feira (8.out.2024) acreditar que o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) vencerá as eleições com a ajuda de 45% de seus eleitores.
Segundo o empresário, essa parcela do eleitorado paulistano está em regiões da periferia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu em 2022. Para ele, o apoio destes será direcionado para Boulos, apoiado por Lula. “O Boulos, na minha visão, antes de entrar na eleição, venceria essa disputa. Agora eu tenho certeza que ele vence”, declarou.
“Eu não indo para lado nenhum e liberando meu eleitorado, o Lula humildemente vai tomar de volta 45% dos meus votos. Tenho certeza que ele [Boulos] vence. Ele sabe sinalizar com o povo e o Ricardo [Nunes] não sabe, Boulos e Lula têm a língua do povo, os outros só brigam. O Malafaia está tão descontrolado que hoje chamou o [ex-presidente Jair] Bolsonaro de covarde”, declarou em palestra em Barueri, região metropolitana de São Paulo.
Marçal ainda relacionou sua derrota no 1º turno à falta de apoio e reiteradas críticas de figuras da direita. Citou o pastor Silas Malafaia, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).
Relembre críticas ao empresário:
- Eduardo chama Marçal de “arregão” por desmarcar entrevista
- Marçal é um psicopata manipulador, diz Malafaia
- Fraude de Marçal será comprovada “com facilidade”, diz Tarcísio
O candidato teve 28,14% dos votos no 1º turno. Ficou perto de Nunes (29,48%) e Boulos (29,07%). Condicionou o seu apoio a Nunes a um pedido de retratação do mesmo e a adesão a suas propostas para a educação da capital paulista. Disse que isso só aconteceria “por milagre”, porque os adversários não tem “humildade”.
O pastor Silas Malafaia tem criticado o empresário nas redes sociais e também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ele, Marçal disse para que deixe a sua igreja “por 28 dias, porque eles [a campanha de Nunes e aliados] vão precisar de você aqui. Você vai ter que arrumar voto para a gente [a direita] não perder essa eleição”.
O empresário reafirmou que sua “missão” é lutar do lado de quem luta contra o “comunismo”, em referência a governos de esquerda e, sem citá-lo nominalmente, Guilherme Boulos. Marçal, no entanto, condicionou apoiar o atual prefeito