PL Mulher diz acompanhar acusação de Cíntia Chagas contra deputado

Cíntia Chagas e deputado Lucas Bove

Cíntia Chagas e Lucas Bove anunciaram o fim do casamento em 12 de agosto. Passaram 3 meses casados; na imagem, o ex-casal durante cerimônia de casamento

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Reprodução/Instagram@cintiachagass




PODER360

O PL Mulher, presidido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, disse nesta 5ª feira (10.out.2024) acompanhar a acusação feita pela influenciadora e professora Cíntia Chagas, que afirma ter sido agredia por seu ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP). 

Em nota publicada em seu perfil do Instagram, a ala do partido afirmou que “repudia qualquer forma de violência doméstica” e que, caso as agressões sejam comprovadas, o partido “adotará as medidas cabíveis”.

“Nos solidarizamos –e sempre nos solidarizaremos– com todas as mulheres vítimas desse crime cruel. O PL Mulher está acompanhado o desenrolar dos fatos ora investigados e adotará as medidas cabíveis segundo os resultados obtidos na investigação e em nossas diligências”, diz um trecho do comunicado.

Leia a íntegra da nota do PL Mulher sobre o caso:

Cíntia Chagas e Lucas Bove anunciaram o fim do casamento em 12 de agosto. Passaram 3 meses casados. À época, a influenciadora disse que a decisão se deu por divergências relacionadas aos seus objetivos de vida.

De acordo informações divulgadas pelo G1 nesta 5ª feira (10.out), a influenciadora prestou queixa contra o ex-marido por violência doméstica e psicológica no início de setembro.

No depoimento à Polícia Civil, relatou os episódios de agressão que se passaram desde o início do relacionamento, que durou mais de 2 anos. O caso está em segredo de justiça.

Depois das acusações, a Justiça de São Paulo concedeu medida protetiva para Cíntia proibindo o ex-marido de se aproximar da influenciadora e de sua família, de se comunicar com ela ou de frequentar os mesmos lugares que a ex-mulher, sob pena de prisão preventiva.

O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS

Em nota enviada ao Poder360, a advogada de Cíntia Chagas afirma que a divulgação dos fatos, “sem o conhecimento de Cintia, foi inevitável e, por si só, demonstrou que o rompimento do vínculo matrimonial teve uma motivação comprovadamente grave e necessária”.

“Como especialista em direitos das mulheres e advogada de Cintia, reputo sua a decisão em comunicar os fatos às autoridades competentes, como um ato de coragem, de proteção à sua integridade física, psíquica e moral e, acima de tudo, como uma medida de sobrevivência, servindo de exemplo para todas as mulheres que se encontram na mesma situação, a fim de evitar que um ciclo de violência doméstica evolua para casos mais graves.”

Por meio de suas redes sociais na noite desta 5ª feira (10.out.2024), Lucas Bove disse que “jamais encostaria a mão para agredir uma mulher”. Ele declarou ainda não poder se manifestar por decisão judicial.

Estou proibido de falar qualquer coisa. Estou de mãos atadas, boca amordaçada.”

Leia abaixo a íntegra da nota da defesa de Cíntia Chagas: 

“Lamento o vazamento dos processos judiciais de violência doméstica sobre o relacionamento de Cintia Chagas e Lucas Bove”

“O segredo de justiça tem por objetivo proteger exatamente a privacidade da mulher em situação de violência, caso ela opte por não expor publicamente os fatos, como foi a escolha de Cintia.

“Ocorre que, com o divórcio repentino, por ela ser pessoa pública, ele ser deputado estadual, além da curiosidade das pessoas, a divulgação dos fatos, sem o conhecimento de Cintia, foi inevitável e, por si só, demonstrou que o rompimento do vínculo matrimonial teve uma motivação comprovadamente grave e necessária.

“Como especialista em direitos das mulheres e advogada de Cintia, reputo sua a decisão em comunicar os fatos às autoridades competentes, como um ato de coragem, de proteção à sua integridade física, psíquica e moral e, acima de tudo, como uma medida de sobrevivência, servindo de exemplo para todas as mulheres que se encontram na mesma situação, a fim de evitar que um ciclo de violência doméstica evolua para casos mais graves.

“É como ocorreu no filme ‘É assim que acaba’: Cintia escolheu a si própria, evitando maiores prejuízos à sua vida e também à sua carreira construída com muito esforço e dedicação, mérito somente dela e que lhe garante a sua independência financeira.

“Vamos aguardar a conclusão do inquérito policial e entendimento do Ministério Público sobre os fatos. O processo segue em segredo de justiça”.

“Gabriela Manssur
“Advogada Especialista em Direitos das Mulheres.”

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