Editora adiciona regra de direitos autorais com objetivo de proteger a propriedade intelectual dos escritores
A editora Penguin Random House proibiu o uso das suas obras para treinamento de inteligência artificial. A regra vem por meio de uma nova política de direitos autorais, segundo informações divulgadas pelo The Bookseller na 5ª feira (18.out.2024).
A empresa diz que a determinação se dá para proteger a propriedade intelectual dos autores contra o uso indevido de tecnologias. A regra vale para as publicações globais da companhia, uma das maiores do ramo no mundo.
A nova cláusula estipula o seguinte: “Nenhuma parte deste livro pode ser usada ou reproduzida de qualquer maneira para o propósito de treinar tecnologias ou sistemas de inteligência artificial”. A restrição será aplicada a todos os novos títulos e reimpressões de obras anteriores.
A editora também se opõe à mineração de texto e dados –quando dados não estruturados são utilizados para criar informações.
Inteligências artificiais são treinadas por meio de um processo chamado aprendizagem de máquina. Em resumo, funciona com o fornecimento de dados. O modelo aprende a identificar padrões e formar as próprias informações a partir do conteúdo fornecido. A ideia da Penguin é barrar os conteúdos da empresa de chegar nessa etapa.
A reportagem do The Bookseller cita casos em que livros, especialmente pirateados, foram usados para treinar inteligência artificial. Seria mais uma motivação para a decisão da editora.
A Penguin Random House foi criada a partir da fusão entre a Penguin Group e a Random House em 2013. Tem um vasto acervo literário, como gêneros de ficção e não ficção. Também conta com livros infantis.